Projeto Linha Viva é uma polêmica para os soteropolitanos

Parece que o projeto Linha Viva é mais uma das peripécias de João Henrique. Mesmo em fim de mandato – faltam pouco mais de três meses para o novo prefeito assumir –, o progressista está fazendo de tudo para a aprovação do projeto da via. A mesma coisa que fez em relação à extinção da Fundetrans. Para discutir o assunto, duas audiências públicas foram realizadas esta semana. Uma pela vereadora Aladilce Souza e a outra pela própria Setin (Secretaria de Infraestrutura).

De acordo com a edil, a prefeitura pretende deflagrar o processo de licitação para implantar a Linha Viva, a fim de atender aos interesses de um pequeno segmento e a empresa que vai explorar a via, com a desculpa de que é para desafogar a região. “Isso não tem que ser implementado agora. Tem é que criar logo o Conselho da Cidade, que será o órgão competente para discutir sobre a mobilidade urbana e definir o projeto mais adequado para resolver o problema do trânsito de Salvador”.

A população que esteve presente nas discussões deixou bem claro que não está nada satisfeita com a forma como está sendo conduzido o processo e pediram a garantia da participação da sociedade nos debates antes de baterem o martelo sobre a questão, já que os impactos são grandes. Após muitas cobranças, o secretário de Infraestrutura, José Luís Costa prometeu novas audiências públicas para discutir sobre o tema.

Para Aladilce, a decisão tem de ficar para o próximo prefeito. “Se o processo licitatório for aberto agora, João vai sair e deixar o município pendurado. Ele tem duas contas rejeitadas e, portanto, não tem autoridade para nada”.

Pelo projeto, lançado em 2010, serão 20 praças de pedágio ao longo dos 17 quilômetros de extensão da via expressa, que será construída paralelamente à avenida Luiz Viana. A previsão é de que a obra custe R$ 1,5 milhão.

De Salvador,
Maiana Brito