Bloqueio dos EUA contra Cuba é condenado na ONU

A 4ª jornada de debates da Assembleia Geral das Nações Unidas augura nesta sexta-feira (28) uma nova série de condenações do mais alto nível contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba. O último pronunciamento escutado no plenário para repudiar esse bloqueio à ilha caribenha foi feitoà na última quinta-feira (27) pelo chanceler do Peru, Rafael Roncagliolo Orbegoso, no fechamento da corrente de quase 40 discursos na quinta-feira.

 O titular peruano disse que o bloqueio econômico, comercial e financeiro norte-americano é injusto, ilegítimo e ilegal, e recordou que se mantém apesar das inumeráveis condenações da própria Assembleia Geral.

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Antes, o premiê das Islas Salomón, Gordon Darcu Lilo, reiterou seu respaldo ao clamor internacional pelo levantamento do assédio norte-americano contra Cuba e agradeceu a colaboração do país antilhano na formação de médicos dessa ilha do Pacífico.

Na mesma linha, o chefe do governo de Antigua e Barbuda, Winston Baldwin Spencer, demandou a Washington o fim imediato e incondicional do bloqueio contra o povo de Cuba.

Sustentou que a continuação dessa medida destrói as esperanças das nações na solução dos assuntos mundiais e recordou as consecutivas demandas da Assembleia Geral das Nações Unidas para seu levantamento.

Advertiu sobre os inúmeros danos econômicos, dificuldades, necessidades e limitações ocasionadas ao povo cubano, o qual, afirmou, tem sabido preservar sua soberania, independência e seu direito à autodeterminação.

Por sua vez, o vice-presidente de Seychelles urgiu a derrubar todas as barreiras que afetam o comércio, como o bloqueio econômico contra Cuba.O presidente de Guiana, Donald Rabindranauth Ramotar, quis "deixar sua firme oposição" ao assédio dos Estados Unidos contra o país antilhano e destacou os avanços conseguidos por Cuba em seu desenvolvimento.

Pouco antes, o chefe de Estado da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, disse que medidas como essa causam sofrimento à população e estão em contradição com os Objetivos do Milênio adotados pela Nações Unidas.

A primeira ministra da Jamaica, Portia Simpson Milles, repudiou de o longo bloqueio econômico e comercial contra Cuba e sublinhou os negativos e severos efeitos no crescimento e desenvolvimento desse país. O premier de Lesotho, Thomas Motosoahae Thabane, criticou que não tenha sido escutado o pedido sobre o fato durante 20 anos para o levantamento do bloqueio estadunidense contra Cuba.

A denúncia ao bloqueio norte-americano ficou instalada na reunião desde o discurso inicial dos debates por parte da mandatária brasileira, Dilma Rousseff, que afirmou que "é o momento de pôr um fim a esse anacronismo, que é condenado pela imensa maioria dos membros das Nações Unidas."

A rejeição a esse bloqueio que dura já meio século também foi exposto ante o plenário pelos chefes de Estado de Namibia, da África do Sul, El Salvador, Gabón, Ghana, Bolívia e Gambia, entre outros.

Segundo autoridades cubanas, o dano econômico ocasionado ao povo de Cuba pela aplicação do bloqueio dos Estados Unidos, considerando a depreciação do dólar frente ao valor do ouro no mercado internacional, ascende a um bilião 66 bilhões de dólares.

Fonte: Prensa Latina