Cuba revela que greve de fome de contrarrevolucionária foi falsa

Uma gravação telefônica exibida na quarta-feira pela televisão cubana provou que a "greve de fome" conduzida pela contrarrevolucionária Marta Beatriz Roque era uma farsa. Ela teria encerrado o "protesto" antes de obter as "reivindicações" que pretendia, além de ter se alimentado às escondidas.

Depois de oito dias de início da suposta greve, Marta, de 67 anos, alardeou à imprensa corporativa que havia obtido uma "vitória", que era a soltura do prisioneiro Jorge Vázquez Chaviano.

No entanto, em uma conversa telefônica gravada antes do fim da suposta greve de fome, María del Carmen Hernández Martínez, esposa de Chaviano, disse a Marta que seu marido já havia encerrado a "greve de fome" e que os demais deveriam fazer o mesmo, independente de sua saída da prisão.

Ainda segundo a reportagem que denuncia a falsificação, durante o suposto período de greve de fome, Marta se alimentou com comida repassada por um suposto vizinho.

Na reportagem de 17 minutos, Humberto González, o tal vizinho, assegura que Marta o encarregou de comprar frutas e verduras para ela durante a "greve de fome".

Outra que fez questão de aparecer durante o falso protesto foi a blogueira Yoani Sánchez, que aumentou muito em seus posts a "débil" condição física de Marta e do preso Chaviano.

E a partir de casa Marta teve seguidas conversas com vários meios de comunicação internacionais, como a Fundação Nacional Cubano-Americana, radicada nos EUA, assim como foi visitada pela funcionária da Seção de Intereses dos Estados Unidos em Havana (SINA), Maureen McGovern, segundo a reportagem da televisão.

Antes da suposta greve de fome, Marta conversou com o chefe da SINA, John Patrick Caufield, segundo mostrou o material filmado pela emissora de televisão.

Marta é diabética e teve durante seu falso protesto cobertura médica total do governo cubano, que enviou médicos à sua residência para avaliar seu estado de saúde assim que os "contras" solicitaram atendimento médico.

Um dos médicos, a doutora Anabel Cárdenas, explicou que a despeito de ser diabética e hipertensa, Marta – que fingia estar fraca – podia mover-se con muita vitalidade e não existia perigo algum para sua vida.

Marta, sentada em um cadeira e rodeada por "contras", quando anunciou o fim da "greve"

De São Paulo
Humberto Alencar