Empresas fotovoltáicas chinesas sofrem acusação da Europa

A EU Prosun, liga de fabricantes fotovoltáicos na Europa acusou junto à União Europeia (UE) fabricantes chineses de painéis solares de obter subsídios governamentais desleais. O secretário-geral da Câmara Comercial para Novas Energias da Federação da Indústria e Comércio de Toda a China, Zeng Shaojun, manifestou a oposição contra as razões de acusações europeias.

"A maioria das empresas fotovoltáicas envolvidas em negócios com o exterior estão cotadas nos Estados Unidos. Por isso, elas lidam com a contabilidade de acordo com os padrões internacionais e critérios de contas. O finaciamento e a transferência de custo são transparentes. Também podem adquirir financiamentos via diversos canais. Assim, consideramos as acusações infundadas", afirmou.

Antes disso, a pedido da indústria fotovoltáica europeia, a UE tinha começado a investigação de dumping sobre as empresas fotovoltáicas chinesas. O caso se refere às exportações chinesas estimadas em 21 bilhões de euros, cujo valor é o maior entre os outros processamentos da UE.

Conforme o processo jurídico europeu, a comissão europeia deverá decidir em 45 dias se vai ter investigação sobre as acusações. Se tiver, os produtos solares exportados pela China para a Europa serão cobrados impostos temporâneos daqui a alguns meses com o prazo máximo de cinco anos.

Segundo Zeng Shaojun, assim que a UE começar a investigação anti-subsídio, contando com a investigação de antidumping, iniciada mais cedo, vai produzir grandes impactos às exportações de empresas fotovoltáicas chinesas. Ele afirmou:

"Isso sem dúvida vai elevar as condições de exportar. Depois dos EUA terem aplicado as investigações antidumping e anti-subsídio contra a China, os produtos de equipamentos passam a enfrentaram a contradição de excedente relativo. Caso a UE venha a aplicar as duas investigações, vai agravar a situação. Ficamos também preocupados com seu efeito em cadeia que poderá influenciar as exportações e explorações dos nossos produtos em outros mercados internacionais."

Analistas apontaram que a China e a UE são dependentes e complementares na indústria fotovoltáica. Desta maneira, as medidas de restrição vão afetar também interesses europeus. Se espera que fabricantes dos dois países possam resolver as divergências através de negociações e busquem os benefícios e ganhos recíprocos por meio de cooperação. Zeng continuou:

"Espero que os dois lados reforcem o conhecimento mútuo através de negociações. O resultado que esperamos é que o demandante retire a acusação, o que beneficia a todos."

Hoje em dia, cada vez mais empresas fotovoltáicas preferem explorar a demanda interna e reduzir o custo de operação através de transformação e melhoria de qualidade. Zeng prevê que o governo poderá adotar políticas favoráveis à indústria em breve.

"O governo chinês está pensando em motivar o mercado interno. Observamos a implementação do 12º planejamento quinquenal sobre energia solar onde a Administração Estatal de Energia está convocando com frequência seminários com empresas fotovoltáicas envolvidas. Acredito que as medidas de resgate serão aplicadas em breve."

Fonte: Rádio Internacional da China