Crise econômica ameaça os bancos espanhóis

Os bancos espanhóis precisariam de 59,3 bilhões de euros (76,3 bilhões de dólares) em capital extra para voltarem a ser saudáveis em um cenário de forte recessão, disse nesta sexta-feira (28) uma auditoria independente sobre 14 bancos feita pela consultoria Oliver Wyman, auxiliada por quatro grandes auditores sob a supervisão do Banco Central da Espanha e FMI (Fundo Monetário Internacional).

Crise ameaça bancos espanhois

A cifra foi estimada em uma cenário adverso — contempla uma improvável queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 6,5% até 2014 –, mas o valor baixa para pouco mais de 53,7 bilhões se considerados os atuais processos de fusões e efeitos fiscais, afirmou o BC espanhol.

A auditoria da Oliver Wyman mostrou que metade dos bancos analisados tem necessidade de capital, com uma carência de recursos de 49 bilhões de euros naqueles que já foram nacionalizados. Os resultados servirão para o governo determinar quanto dinheiro será usado de uma linha de crédito de 100 bilhões de euros acertada com a União Europeia para recapitalização de instituições financeiras do país.

O secretário de Estado de Economia, Fernando Jiménez-Latorre, adiantou que o governo está disposto a direcionar até 40 bilhões de euros do total de 100 bilhões.

Segundo o Banco Central Espanhol, "o resultado confirma que o setor bancário é solvente e viável, mesmo com um panorama adverso e improváveis melhorias no cenário econômico". O estudo mostrou que o Santander é a instituição espanhola mais saudável. O credor excede os requisitos mínimos de capital em pelo menos 19 bilhões de euros. Por outro lado, o Bankia apresentou-se como o mais fraco, com um déficit de capital de 13,2 bilhões.

Fonte: Opera Mundi