Flávio Dino: Esporte, educação e inclusão social 

Ontem (domingo), tive a alegria de caminhar pelas ruas de São Luís acompanhado do meu amigo Aldo Rebelo, hoje ministro do Esporte. Participamos de eventos da campanha a prefeito de Edivaldo Holanda Júnior. Também fomos a Santa Inês, apoiar o candidato Ribamar Alves, e a Caxias, em apoio a Leo Coutinho. Nesse roteiro, conversamos sobre projetos que podem ser desenvolvidos nas cidades maranhenses na área do esporte, em todos os segmentos: amador, educacional e de alto rendimento.

Por Flávio Dino*

Flávio Dino: Esporte, educação e inclusão social

Aldo está no sexto mandato como deputado federal e foi presidente da Câmara em um momento de grave crise política. Com essa experiência, Aldo tem desempenhado um grande papel no cargo de ministro, o que ficou evidente na última semana, quando a presidenta Dilma lançou um conjunto de ações, a ser coordenado por ele, visando potencializar a participação brasileira nas próximas Olimpíadas e Paraolimpíadas.

O pacote do governo soma, ao todo, o investimento de R$1 bilhão até os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Desse total, R$690 milhões serão investidos em um novo programa, o Bolsa Pódio, dedicado a atletas que estão entre os cinco melhores do mundo. É o caso de Sara Menezes, a valente e competente piauiense medalha de ouro em judô nos Jogos de Londres. Ele é a nº 1 do ranking mundial em sua categoria, tendo sido apoiada desde o início de sua carreira pelo Bolsa Atleta.

O Bolsa Atleta, criado há seis anos, continuará existindo. Ao oferecer uma renda mínima a nossos esportistas, esse programa garante a dedicação de nossos atletas e já é responsável pelo aumento da participação de atletas brasileiros em competições internacionais. As consequências estão aí. Nos Jogos Olímpicos de Londres este ano, já obtivemos nosso recorde em número de medalhas.

O Ministério do Esporte também vai investir R$310 milhões para reformar ou criar 22 centros de treinamentos para nossos atletas, equipando-os com o que há de avançado mundialmente no campo esportivo. O objetivo é garantir as melhores condições de treinamento a nossos atletas para que melhorem ainda mais o quadro de medalhas do Brasil em 2016.

Esse tipo de iniciativa da presidenta Dilma é essencial para estimular o esporte no Brasil. A prática esportiva é uma dimensão importante da vida, pois nos ensina a ter disciplina para alcançar nossos objetivos. Além disso, leva-nos a dar conta de nossos próprios limites físicos – e, principalmente, de superá-los. No caso dos esportes coletivos, tomamos conhecimento do que é atuar em grupo para alcançar nossas metas. Ou seja, além de melhora da nossa saúde, prevenindo várias doenças, o esporte tem poderosos efeitos subjetivos, estimulando, simultaneamente, a que tenhamos disciplina, solidariedade e ousadia.

Por todos esses elementos, o esporte é um componente fundamental para um processo educativo integral para nossas crianças e adolescentes. Penso, portanto, no gigantesco efeito positivo que existiria se a prática esportiva tivesse espaço privilegiado em todas as escolas públicas do Maranhão. Um dos escândalos maranhenses, entre tantos, está no fato de bairros nas grandes cidades, de escolas e de municípios inteiros não terem um espaço para lazer e prática esportiva.

Um bom exemplo de programa que poderia ser ampliado no Maranhão é o Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, que oferece apoio para que os alunos desenvolvam atividades esportivas, pelo menos três vezes por semana, quando não estão na sala de aula. São exemplos de ações que o próximo prefeito poderá desenvolver, em parceria com o governo federal, melhorando as condições de vida da população e construindo um Maranhão de Todos Nós.

*Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), ex- deputado federal pelo PCdoB-MA e juiz federal.