Escritor equatoriano repudia bloqueio dos EUA contra Cuba 

“O bloqueio que os hoje Estados Unidos mantém contra Cuba, que se prolonga por mais de 50 anos, é injusto e perverso”, afirmou o escritor Raúl Pérez, diretor da Casa da Cultura Equatoriana.

"Todos os povos repudiam esta arbitrariedade e não se cansam de exigir que acabe o bloqueio", declarou Pérez à Prensa Latina depois da demanda sobre o tema apresentada pelo Governo do Equador na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Para o intelectual, os governantes dos Estados Unidos são inimigos da humanidade “seu ideal mais alto é o poder e a guerra, e a violência é um negócio e uma forma de vida”.

Ele expôs que Cuba tem dado exemplo de dignidade e solidariedade humanas motivo pelo qual o cerco imposto por Washington é uma atitude prepotente que causa indignação, e trai a sensibilidade do próprio povo estadunidense. Considerou que ainda é preciso continuar fazendo campanhas para divulgar o que tem sido o processo revolucionário cubano. 

Ele disse que é necessária "maior conscientização com respeito ao que Cuba tem passado ao longo destes anos, não só por causa do bloqueio dos Estados Unidos, mas porque os fantoches de Washington matém suas regras impositivas".

Para o novo diretor da prestigiosa instituição cultural equatoriana, o Governo deste país e seu presidente Rafael Correa são consequentes com os sentimentos da cidadania ao recusar esta injustiça porque estão conscientes da dor que causa ao povo cubano.

Repúdio na ONU

Na última segunda-feira (1), o vice-chanceler Marco Albuja expôs em Nova York a posição do Equador na sede das Nações Unidas sobre a necessidade de que sejam depostas as medidas impositivas sobre a maior ilha das Antilhas.

Albuja destacou que um exemplo de desequilíbrio e da falta de democracia do sistema da ONU é a imposição da vontade e da visão política de uma potência econômica e militar sobre a decisão de 186 países, ao continuar os Estados Unidos com o abominável bloqueio sobre Cuba.

Indicou que não é possível que o país do norte continua incluindo a ilha em sua espúria lista de países patrocinadores do terrorismo, pela visão ideológica de um Estado que não se resigna ao fato da ilha ter sobrevivido a seu forçado isolamento.

Além disso, fez referência à arbitrariedade que tem pesado muito neste tema e Cuba tem manifestado que seu território nunca foi utilizado nem se utilizaria para organizar, financiar ou executar atos terroristas contra nenhum país, incluindo os Estados Unidos.

Manifestou que o ex-presidente estadunidense Jimmy Carter concorda com este pedido e tem declarado que o papel de Havana como garantia nos diálogos de paz entre a guerrilha e o governo colombianos desmantela qualquer argumento a respeito da inclusão da ilha nessa lista.

De acordo com as autoridades cubanas, o prejuízo econômico ocasionado ao povo cubano devido a aplicação do bloqueio até dezembro de 2011, considerando a desvalorização do dólar frente ao valor do ouro no mercado internacional, ascende a um trilhão, 66 bilhões de dólares.

Fonte: Prensa Latina