Síria exige na ONU o fim de apoio a terroristas

A Síria reiterou nesta quinta-feira (4) seu pedido ao governo da Turquia e outros países vizinhos que colaborem para por um fim aos atos terroristas de grupos armados infiltrados em território sírio através das fronteiras comuns.

"Meu governo tem muito interesse em manter boas relações de vizinhança com a Turquia, embora a política daquele país em relação a Damasco esteja equivocada desde o início do conflito", declarou o representante permanente da Síria na ONU, Bashar Jafari.

O diplomata falou aos correspondentes na sede da organização mundial depois de uma sessão de consultas realizada pelo Conselho de Segurança sobre os incidentes armados registrados na fronteira entre os dois países do Oriente Médio.

Jafari confirmou ter entregue cartas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon e ao atual presidente do Conselho de Segurança, o guatemalteco Gert Rosenthal, relacionadas com esses incidentes e com os ataques terroristas desferidos na quarta-feira contra a cidade síria de Alepo.

Uma das cartas explica que as autoridades investigam a origem dos disparos que ocasionaram a morte de uma mulher e sua filha, ao mesmo tempo que expressa condolências à família e ao povo turco.

A carta também adverte que a fronteira entre os dois países é usada para o contrabando de armas, equipamentos e elementos terroristas para dentro da Síria, onde cometem massacres como o realizado pela Al-Qaida em Alepo.

Uma outra carta exige uma condenação pelo Conselho de Segurança em relação aos atentados de quarta e denuncia que seus autores recebem dinheiro, ajuda, armas, treinamento e proteção de alguns países da região e de outros mais além.

Em suas declarações na ONU, jafari reiterou o pedido da Síria ao governo turco para que ajuda a controlar a fronteira e a prevenir a entrada de grupos armados em território sírio.

Também pediu a Ancara o fim da cobertura de imprensa oferecida aos quarteis generais dos grupos terroristas, "alguns dos quais estão situados em território turco", finaliza.

Fonte: Prensa Latina