A ira dos banqueiros: Setúbal quer Dilma fora da eleição em 2014

"Saio depois da Dilma", afirmou o presidente do Itaú Unibanco em reunião com analistas de mercado; Roberto Setúbal completa 58 anos neste sábado (13) e tem de deixar o cargo aos 60 anos, em 2014, de acordo com os estatutos do banco. Dilma tem direito à reeleição e pode ficar até 2018. Ele quer vencer o braço de ferro dos juros pela desistência de Dilma?

11 de Outubro de 2012 às 09:12

Roberto Setúbal

O braço de ferro em torno da redução dos juros bancários está mexendo com os nervos dos chefões do mercado financeiro. Muitos não veem a hora da presidente Dilma Rousseff, maior patrona do enquadramento das instituições financeiras, terminar seu mandato e não disputar a reeleição.

Quem mais tem deixado claro esse desejo é o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal. Ele completa 58 anos de idade neste sábado (13), fato que abriu a bolsa de especulações sobre quem será seu sucessor no principal cargo do banco de sua família. Rezam os estatutos que, aos 60 anos de idade, o presidente tem de se afastar.

A assessoria de imprensa do Itaú confirma que Setúbal deverá mesmo passar o bastão entre 2014 e 2015, mas que poderá, então, ir para o Conselho de Administração do banco e "sempre continuará muito próximo e presente".

Numa reunião formal com 550 analistas de mercado da Apimec, em setembro, em São Paulo, o próprio Setúbal admitiu que irá se aposentar da presidência do Itaú dentro de dois anos, mas o fez com uma frase cujo sentido foi óbvio. "Saio depois da Dilma", disse, manifestando com todas as letras, o desejo de que a presidente não continue no cargo após 2014, apesar de ter direito a tentar a reeleição. A guerra dos juros é o melhor motivo para explicar esse posicionamento.

Com informações do portal 247