Aposentados franceses somam-se a protestos contra ajustes

Organizações sindicais francesas convocaram nesta quainta (11) um protesto do setor dos aposentados contra um aumento de suas contribuições ao sistema de segurança social, que afetará a maior parte dos que vivem com uma pensão.

Esse incremento está contido nos ajustes anunciados pelo governo para obter rendimentos adicionais de 30 bilhões de euros no próximo ano e equilibrar suas finanças públicas.

Com esse objetivo, o governo estabeleceu um aumento dos pagamentos que os aposentados fazem para poder terem acesso aos serviços se seguridade social.

A nova contribuição abarcará 70 por cento dos 15 milhões de aposentados no país, uma boa parte deles com pensões que estão muito abaixo do custo da cesta básica.

Maryvonne Lemesle, de 64 anos, assegurou à imprensa que assistirá o protesto nesta quinta-feira em frente à Assembleia Nacional para proteger sua já afetada capacidade de compra.

"Nas lojas, a cada dia tudo está mais caro e é necessário prestar atenção à cada despesa, na alimentação, roupa e outras coisas. Se calculo mal, o dinheiro não chega até o fim de mês", disse Lemesle, que começou a trabalhar aos 14 anos.

Os sindicatos esperam agrupar milhares de pessoas que estão na mesma situação e se organizaram em caravanas de ônibus em diferentes cidades, como Bayona, Bordeaux, Caem, Rochelle, Brest e Rennes.

Entre seus reclamos também se inclui um melhor acesso aos serviços de saúde, a redução do preço dos medicamentos e das cotações dos seguros complementares para todas as pessoas em situação de retiro.

A Confederação Geral do Trabalho, uma dos agrupamentos que organizam o protesto, condenou o incremento das contribuições para a maioria dos aposentados, que já fazem uma elevada contribuição a estes serviços.

Todos os trabalhadores franceses devem destinal, durante sua vida de trabalho, entre 6,2 e 7,5 por cento de seus salários mensais para a segurança social e quando se aposentam, o desconto a suas pensões oscila entre 3,8 e 6,6 por cento.

Se também têm um sistema de pensão privada em um banco ou com alguma empresa seguradora, lhes é cobrado adicionalmente um por cento destes rendimentos.

Fonte: Prensa Latina