China condena decisão dos EUA sobre células solares

O Ministério do Comércio (MC) da China expressou forte descontentamento com a decisão final afirmativa do Departamento de Comércio dos Estados Unidos em relação às baterias fotovoltaicas de silício cristalino da China, dizendo que a decisão é "sinal de protecionismo" e "prejudica o desenvolvimento da nova energia".

O porta-voz do MC, Shen Danyang, disse que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos ignorou os argumentos do governo e empresas chineses e impôs taxas injustas sobre as baterias solares produzidas pela China.

As declarações de Shen foram feitas depois que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou que os produtores e exportadores chineses venderam baterias solares no mercado dos Estados Unidos com uma margem de dumping de 18,32% a 249,96%.

O departamento também estabeleceu um imposto punitivo final sobre as baterias solares entre 14,77% e 15,97%.

"A decisão dos Estados Unidos é contrária aos esforços globais de combater de forma conjunta os desafios da mudança climática e da segurança energética, e viola os compromissos do país norte-americano de não adotar novas medidas de protecionismo, que foram assumidos durante a cúpula do G20", indicou o porta-voz chinês.

Ele pediu que os Estados Unidos parem de utilizar abusivamente as medidas alfandegárias para encorajar a comunicação e a cooperação na indústria, como parte nos esforços para promover o desenvolvimento da nova energia.

Em 2011, os Estados Unidos importaram um valor estimado de US$ 3,1 bilhões de células solares da China, segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

A Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (CCIEU) planeja tomar sua decisão final em 23 de novembro ou antes.

Se os resultados mostrarem que estes produtos provocam prejuízos ou ameaças materiais à indústria dos Estados Unidos, o Departamento de Comércio dos EUA estabelecerá impostos anti-dumping e de compensação. Se a CCIEU tomar uma decisão negativa, as investigações serão encerradas.

Fonte: Rádio Internacional da China