Presidente libanês propõe utilizar capacidade militar do Hezbolá

A capacidade militar do Hezbolá (Partido de Deus, chiita) poderia ser utilizada na defesa do Líbano, sugeriu nesta sexta-feira (12) o presidente do país Michel Suleiman.

O mandatário fez as declarações horas depois que o secretário-geral do partido, Hassan Nasrallah, confirmou que um avião robô que burlou as defesas aéreas israelenses dias atrás foi uma operação da sua milícia.

"Isto é apenas uma parte de nossas capacidades", disse Nasrallah, que dias atrás advertiu Israel que uma agressão armada contra o Irã receberá uma resposta esmagadora.

O potencial do Hezbolá "deve ser utilizado para salvaguardar o Líbano e estabelecer um mecanismo para usar essas capacidades", disse Suleiman, cujo país sofre constantes violações de seu espaço aéreo pela aviação israelense.

Em 1989 o parlamento libanês adotou uma série de acordos para terminar a guerra civil de 15 anos que devastou o país, entre elas o desarmamento de todas as milícias, mas fez uma exceção com o Hezbolá por seu papel na resistência no sul do país.

Ainda naquela data as tropas de Tel Aviv ocupavam uma extensão de mil quilômetros quadrados no sul do Líbano, a décima parte do território nacional, que chamava sua faixa de segurança.

As operações comandos e a resistência armada da milícia chiita as obrigou a retirar-se no ano 2000 e, em 2006, durante a chamada segunda guerra do Líbano, assestou severos golpes que também, fizeram as forças sionistas recuarem.

Prensa Latina