Japão condena estupro cometido por fuzileiros dos EUA

Representantes do Governo do Japão condenaram duramente nesta quarta-feira (17) o estupro de uma mulher japonesa, que teria sido cometido por dois fuzileiros navais norte-americanos na província de Okinawa.

Os dois fuzileiros, ambos de 23 anos, foram detidos na terça-feira (16) pelas autoridades japonesas sob a acusação de terem estuprado na manhã do mesmo dia uma mulher japonesa com idade entre 20 e 30 anos.

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, qualificou o estupro de "inaceitável", em declarações recolhidas pela agência Kyodo, enquanto o ministro da Defesa, Satoshi Morimoto, tachou o caso de "atroz".

O embaixador dos Estados Unidos no Japão, John Roos, transmitiu "a preocupação" de Washington com o caso e demonstrou a disposição do Pentágono de "cooperar plenamente com as autoridades japonesas em sua investigação".

O incidente acontece em um momento em que o sentimento contra os norte-americanos vem aumentando em Okinawa, província que acolhe a maior parte das tropas dos EUA no Japão, perante o recente desdobramento dos controversos aviões Osprey, envolvidos em vários acidentes durante os cinco anos em que estão operacionais.

A população de Okinawa protestou durante anos pelo excessivo desdobramento militar em suas ilhas e os riscos da proximidade de bases aéreas a zonas muito povoadas, assim como pelos crimes cometidos por membros das Forças Armadas americanas na região.

O mais grave aconteceu em 1995, quando três soldados de uma base de Okinawa sequestraram e estupraram uma menina de 12 anos.

Fonte: Opera Mundi