Jovens da esquerda hondurenha promovem debate 

A Frente Revolucionária Artística Contra Cultural (FRACC) de Honduras realizará na próxima sexta-feira (26) o Ciclo de Debates "As Juventudes de Esquerda à Luz de Novas Realidades e Desafios”, com jovens integrantes do Partido Liberdade e Refundação (LIBRE).

O objetivo é discutir sobre os novos desafios que a juventude esquerdista vem enfrentando nos últimos tempos. Além disso, o debate também será uma oportunidade para interação, troca de ideias e fortalecimento da unidade das juventudes do partido, de todas as correntes.

"É evidente que a esquerda enfrenta novos desafios e novas realidades nesta época. Renova-se a esquerda com a mesma rapidez que o sistema?”, questiona a Fracc.

Para achar a resposta para essa pergunta, foram escolhidos três temas que nortearão o debate: "A Globalização dos Meios de Comunicação e a Guerra Informática”, "Evolução Orgânica da Sociedade e os Paradigmas de Organização de Base” e "Políticas Públicas: entre o reformismo progressivo e o ajuste estrutural”. Cada um destes tópicos ainda serão divididos em 10 sub-temas que serão discutidos em mesas temáticas.

Nas discussões sobre a Globalização dos meios de comunicação, por exemplo, os jovens refletirão sobre quais métodos a esquerda está usando para burlar o cerco da grande mídia. "Como deveríamos enfrentar midiaticamente a direita? Quais deveriam ser os eixos do novo discurso da esquerda? De que maneira se deve modificar o atual discurso esquerdista? Como atrair a juventude desde o discurso? Quais são os temas que interessam à juventude?”, questionam, enfatizando que assim como a direita, a esquerda também deve adaptar-se às rápidas mudanças e evolução dos meios de comunicação.

Abertura democrática, direitos sociais, repressão sistematizada e violência são alguns dos assuntos a serem tratados nas discussões sobre as políticas públicas de Honduras. Segundo expressa a organização do evento, a violência é um dos problemas que mais afeta a juventude, sendo que 7 de cada 10 pessoas assassinadas são jovens. A Fracc também afirma que a situação se agravou após o golpe de Estado, ocorrido em junho de 2009.

"É evidente que a mais afetada com a situação de violência no país é a juventude. Se converteu em vítima e em vitimizadora. Como prevenir essa situação?”, reflete.

Para fortalecer as lutas sociais desde as organizações de base hondurenhas, serão observados os exemplos dos novos movimentos de protesto que se tornaram símbolo nos últimos anos em diferentes países, como os estudantes chilenos, o grupo mexicano YoSoy132, o estadunidense Ocuupy Wall Street, Indignados, Anonymous entre outros.

Fonte: Adital