Não aceitamos que palestinos estejam sob sítio, diz Egito

Para o Egito é impossível fazer vista grossa diante da onda de ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, afirmou o presidente Mohamed Morsi em um discurso, cuja versão foi divulgada nesta quinta (25) por meios oficiais.

"Não aceitamos que o povo da Palestina esteja sob sítio", afirmou o presidente durante a celebração do Dia dos Predicadores, na véspera do início da festividade islâmica de Eid al Adha (Festa do Sacrifício, em árabe).

O Egito pós-revolução "nunca consentirá agressão alguma contra os palestinos", disse Morsi para evidenciar as diferenças entre seu governo e o do deposto ex-presidente Hosni Mubarak, o qual sempre permanecia em silêncio perante os ataques israelenses contra os territórios do povo palestino.

Entre o final da semana passada e essa quarta-feira (24), seis palestinos morreram vítimas de ataques da aviação e blindados israelenses; as organizações palestinas dispararam chuvas de foguetes autopropulsores em resposta.

As agressões do exército de Tel Aviv continuaram mesmo durante a visita à Faixa de Gaza do Emir do Catar, Hamad bin Khalifa al Thani, no início da semana, que prometeu um fundo de 400 milhões de dólares para reconstruir a infraestrutura desse território, devastado em 2009 por uma forte agressão por ar, terra e mar, que Israel chamou de Chumbo Fundido.

A Faixa de Gaza está sob sítio há quase seis anos e alguns dias atrás foi divulgado um estudo realizado pelo Exército israelense para conhecer a quantidade mínima de calorias requeridas pelos habitantes palestinos para existir à beira da morte por inanição.

Dias atrás, comandos israelenses abordaram e sequestraram em águas internacionais o barco Estelle, de bandeira finlandesa, cujos tripulantes tentavam trazer a esta cidade um carregamento de alimentos, remédios e material escolar que foi confiscado pelo Governo de Tel Aviv.

Fonte: Prensa Latina