Vanessa Grazziotin comemora decisão do STF favorável ao Amazonas
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) manifestou sua satisfação, em discurso nesta terça-feira (6), com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que deferiu medida cautelar no último dia 30 beneficiando o estado do Amazonas.
Publicado 06/11/2012 18:36
O ministro deu parecer favorável à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo governo do Amazonas contra o estado de São Paulo, devido à concessão de incentivos fiscais sobre o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a produção de tablets por empresas paulistas.
O governo de São Paulo, disse a senadora, já conhecia a posição do Supremo contra a guerra fiscal entre estados. Em junho de 2011, o tribunal considerou ilegais leis com benefícios fiscais do próprio estado, de Rio de Janeiro e do Distrito Federal, entre outros. Mesmo assim, o governo paulista ignorou a medida e promoveu mudanças na lei infraconstitucional para ampliar benefícios concedidos à produção de tablets.
Tudo isso ocorreu, disse a senadora, sem passar pelo crivo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), desrespeitando o Supremo e as leis brasileiras. “Por isso, o governador Omar Aziz recorreu e sua demanda foi considerada justa. A vitória não é só para o Amazonas e o Polo Industrial de Manaus, mas para todas as unidades da federação que são vítimas dessa insana guerra fiscal”, disse a senadora.
Vanessa Grazziotin ressaltou que os benefícios fiscais concedidos em São Paulo impactam negativamente os demais estados. Enquanto os tablets produzidos por São Paulo tiveram alíquotas reduzidas a zero, os mesmos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus são taxados em 12% quando comercializados no mercado paulista.
A parlamentar lembrou que nesta quarta-feira (7) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reúne-se com os governadores de estado para retomar o debate sobre a reforma tributária. A senadora disse que a reforma é necessária e importante, mas ressaltou que o Amazonas deve continuar recebendo o tratamento de exceção que recebe hoje, que é garantido pela Constituição.
Agência Senado