China e Índia vão superar o G-7 em 2025, aponta pesquisa

Com as políticas corretas a economia global poderá manter um nível de crescimento relativamente alto durante as próximas décadas, mas passará por uma mudança radical na distribuição da produção se tiver sucesso com isso, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em um relatório sobre projeções para os eventos econômicos até 2060, a OCDE afirmou que a produção econômica global crescerá 3% anualmente durante os próximos 50 anos se os governos encontrarem meios de manter as pessoas trabalhando por mais tempo, resolverem as atuais dificuldades fiscais e reformarem suas economias para torná-las mais produtivas.

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Com as taxas de crescimento dos países em desenvolvimento superando as dos países desenvolvidos, a OCDE acredita que a produção combinada da China e da Índia vai superar a produção combinada do G-7 em 2025. Até 2060 as economias da China e da Índia combinadas serão 50% maiores do que a do G-7 – no ano passado essa relação era de menos da metade. De fato a OCDE calcula que em 2060 o Produto Interno Bruto (PIB) dos dois países será maior do que o de todos os 34 membros da instituição.

A OCDE prevê que o PIB da China medido pela paridade do poder de compra será maior do que o da zona do euro já neste ano e excederá o dos EUA em "mais alguns anos". No entanto, a própria China deverá ser superada como a grande economia com o crescimento mais rápido por volta de 2020, à medida que sua população envelhecida for deixada para trás pela força de trabalho mais jovem da Índia e da Indonésia.

Mudanças demográficas provocarão a maioria dos eventos que a OCDE espera para os próximos 50 anos. Até 2030, uma população global mais velha estará poupando menos, com a consequência de que as taxas de juros serão mais altas e os investimentos serão menores, agindo como uma trava ao crescimento.

A OCDE destacou que encontrar um meio de manter a proporção de população ativa em relação à população total, mesmo com o envelhecimento previsto, será a chave para que se alcance um crescimento econômico de 3%.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo