China quer informatizar Forças Armadas

 O 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) entrou nesta terça (13) em seu sexto dia em Beijing. O relatório feito pelo secretário-geral do Comitê Central do Partido, Hu Jintao, apontou que é preciso acelerar a informatização das Forças Armadas do país para tentar conseguir progressos importantes nesta área até o final de 2020.

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O documento também enfatizou a segurança do mar, espaço e internet. Oficiais, soldados e técnicos do Exército da Libertação Popular (ELP) da China consideram que a elevação do nível de informatização é essencial para reforçar as Forças Armadas do país, garantir o desenvolvimento pacífico e desempenhar um papel positivo na promoção da segurança internacional.

O termo "construção da informatização", que apareceu pela primeira vez na estratégia do Comitê Militar Central do PCCh em 2003, significa reforçar a capacidade de desenvolvimento, aproveitamento e controle de informações através da aplicação de tecnologia moderna. O objetivo é elevar a capacidade de combate das Forças Armadas do país. O cumprimento da meta é fundamental para que o ELP exerça sua tarefa de proteger a integridade territorial e soberana e contribuir com a paz mundial.

O professor da Universidade de Engenharia das Forças Aéreas da China, Huang Changqiang, é um dos especialistas do setor no país. Ele considera que é necessário acelerar a informatização das áreas convencionais, acompanhar de perto os estudos e pesquisas de tecnologia nas armas de ponta do mundo e elevar a qualidade de equipamento dos oficiais e soldados das Forças Armadas.

"Nos últimos trinta anos, sobretudo nos últimos dez, a iniciativa de equipar as Forças Aéreas da China foi aprimorada consideravelmente. A diferença com os países desenvolvidos na área foi diminuída. Os outros países dão muita atenção a itens como o espaço próximo e o sistema antimísseis aéreo. Também devemos promover o desenvolvimento destas áreas."

Além dos progressos na informatização e renovação de armamentos, a qualidade dos militares também foi elevada significativamente. Zhang Ou, de 32 anos de idade, se integrou às Forças de Mísseis Estratégicos da China depois de se graduar na universidade, em 2001. Ele pondera que, com o aumento da mobilidade e eficiência do sistema de mísseis, os soldados também precisam enriquecer seu conhecimento e sua qualidade para operar melhor as armas.

"A elevação da eficiência do sistema contribuiu para a diminuição do tempo de reação no combate. Para nós, os oficiais e soldados de base, é preciso estudar mais para adquirirmos a capacidade de operação das armas."

Nos últimos anos, a modernização da Marinha chinesa também registrou um ritmo acelerado. Com a finalização de uma série de navios militares desenvolvidos e construídos pelo próprio país, a capacidade de combate em conjunto da Marinha teve um salto grande.

Em setembro deste ano, o primeiro porta-aviões da China, o Liaoning, foi entregue à Marinha. O comissário político da embarcação, Mei Wen, avaliou a iniciativa.

"A entrega do porta-aviões Liaoning vai desempenhar um papel muito importante na transformação estratégica, elevação da capacidade integral de combate da Marinha chinesa, reforço da defesa nacional e proteção dos interesses do país na soberania, segurança e desenvolvimento."

Fonte: CRI