Sustentabilidade e ato contra a violência.

 

Sustentabilidade e ato contra a violência

  Sustentabilidade e Desenvolvimento na Amazônia foi o tema do painel conduzido na manhã do último dia do Congresso Nacional dos Jornalistas. Mediado pela jornalista Márcia Quintanilha, o senador Jorge Viana e o pesquisador da Universidade Federal do Acre Foster Brown apresentaram aspectos ambientais da região, o impacto da degradação sobre a população e o planeta e de que forma a cobertura jornalística pode contribuir para a construção de processos de educação sobre o assunto. A ex-ministra Marina Silva, a terceira convidada para compor o painel, enviou nota à organização do evento explicando a ausência, decorrente de problemas de saúde.

“Duas das palavras mais usadas e mais pesquisadas hoje são sustentabilidade e sustentável. Quem não estiver usando estas palavras está desconectado do mundo. Quem trabalha nesses meios não deve se acomodar. Tem que buscar um novo olhar, ir além do que está na aparência”, disse o senador Jorge Viana para quem a educação ambiental deve ser praticada no cotidiano como forma de transformar as práticas das pessoas de forma simples.

O tema do congresso é uma iniciativa da Federação Nacional dos Jornalistas e seus sindicatos filiados para ampliar a perspectiva do profissional do jornalismo em torno da abordagem de reportagens sobre meio ambiente. A agenda inédita da Fenaj abriu um panorama para novas discussões em eventos similares. Como parte da programação, a entidade lançou o relatório "Violência e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2011" e da Comissão Nacional "Memória, Verdade e Justiça" da FENAJ.

Ao lado de Celso Schröder, presidente da Fenaj, e Beth Costa, diretora do Departamento de Relações Institucionais da Fenaj e Secretária Executiva da Federação Internacional dos Jornalistas – FIJ, Gilney Viana, atualmente assessor especial da Secretaria de Direito Humanos da Presidência da República e coordenador do Projeto Direito à Memória e à Verdade da SDH apresentou documentário que marcou em 2009 os 30 anos da anistia no país. Ele, um preso político se emociona a narrar o episódio mais dramático da recente história política brasileira. “Esta categoria tem uma história de agressões e resistência. Falar sobre esta violência, lutar contra não é uma questão de jornalismo, mas de militância”, defendeu Gilney Viana. Em 2010, 90 jornalistas morreram no exercício da profissão. Em 2011 este número subiu para 104 e somente no primeiro semestre deste ano já foram contabilizadas 80 mortes em todo o mundo.

Para a segurança do jornalista no Brasil está sendo discutida e revista e pode ser garantida pelo artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que prevê à todo indivíduo o direito à liberdade de opinião e expressão incluindo o direito de receber e transmitir informações e ideias por qualquer meios. O 35º Congresso Nacional dos Jornalistas é realizado bianualmente e reúne delegados de 31 sindicatos filiados de todo o país, estudantes de Jornalismo, professores e convidados especialistas relacionados aos temas abordados no evento.
Fonte: Golby Pullig