Carrion elogia proposta de reajuste do Mínimo regional

Se aprovada pela Assembleia, medida passa a valer a partir de fevereiro de 2013.

O líder do PCdoB na Assembleia, deputado Raul Carrion, elogiou a iniciativa do governador Tarso Genro que enviou proposta ao Legislativo gaúcho de reajuste de 10% no piso salarial do Estado. Com isso, o valor do mínimo regional pode ficar entre R$ 770 a R$ 837. Atualmente, o piso regional é referência para 1,135 milhão de trabalhadores.

Segundo Carrion, a proposta do governo gaúcho avançou ao que propunham os empresários gaúchos, que defendiam o índice da inflação, que ficou em 6%. Para o comunista, o aumento também ficou muito próximo da proposta das centrais sindicais. A pauta das Centrais Sindicais, com base nos dados fornecidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), reivindicava o reajuste de 13% para os trabalhadores do Estado a partir de janeiro de 2013. O parlamentar também destaca o fato de o índice gaúcho ser superior ao aumento do salário mínimo nacional.

O governador Tarso Genro explicou que de acordo com uma pesquisa, as micro, pequenas e médias empresas estão em média pagando valores acima do mínimo aos seus funcionários. Segundo ele, a justificativa do governo para o aumento é de que as empresas do Estado têm recebido fortes incentivos fiscais e tributários nos últimos tempos.

Pela tarde, o projeto foi entregue ao chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, ao presidente da Assembleia, Alexandre Postal. O líder do PCdoB acompanhou a entrega do documento.

A proposta começa a vigorar em fevereiro de 2013, se for aprovada pelo legislativo. Pestana acredita que não haverá restrição entre os deputados quanto ao reajuste proposto.

Avanço após sucateamento
Em 2001, quando foi criado pelo governo Olívio Dutra, o salário regional gaúcho era 28% superior ao mínimo nacional. Após encolher e quase ser derrubado durante o desmonte da política salarial promovida pelo governo Yeda Crusius, cujo último reajuste do mínimo em seu governo foi de  6,9%, a a diferença entre o mínimo nacional e regional ficará em 14%. Para Carrion, é a sinalização de que o governo Tarso quer ser indutor do desenvolvimento social e econômico, porque aumenta a capacidade de consumo dos trabalhadores.

De Porto Alegre,
Isabela Soares