Irã convoca reunião para promover solução pacífica na Síria

O encontro incluirá delegados de várias etnias sírias, grupos políticos, minorias, a oposição e membros do governo, disse Abdollahian, de acordo com um despacho da agência noticiosa oficial Irna.

Os debates durarão um dia e terão como palavra de ordem central “Não à violência, sim à democracia”.

A oposição síria está dividida entre os grupos armados, nos quais estão presentes estrangeiros, empenhados na derrubada do governo constitucional, e entidades políticas favoráveis a uma saída negociada e pacífica.

O anúncio sobre o encontro em Teerã é feito depois que foi divulgada a realização de uma reunião na última segunda-feira no Cairo, na qual os chanceleres da Liga Árabe concederam o status de observador a uma autodenominada Coalizão Nacional Síria, formada após uma reunião que durou vários dias no Catar durante a semana passada.

O Irã, junto ao Egito, Turquia e Arábia Saudita, conforma um comitê de quatro partes constituído em setembro passado com a missão de encontrar uma saída negociada e pacífica para a crise provocada na Síria pela ação de grupos armados que querem derrubar o presidente Bashar al-Assad.

Em sua primeira reunião, sem a presença da Arábia Saudita, o ente pacificador deixou assentado que a solução da crise na Síria deve ser pacífica e sem intervenção estrangeira.

A ativista brasileira Socorro Gomes, presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), foi convidada à reunião de Teerã, na qualidade de líder de movimentos pela paz.

Ela declarou ao Vermelho que se trata de “uma iniciativa pelo diálogo e a paz destinada a repercutir positivamente no quadro político da região e do mundo, uma demonstração clara sobre o papel positivo em favor da paz mundial desempenhado pelo Irã e o Movimento dos Países Não Alinhados”.

A dirigente pontuou que “o diálogo é um dos mais importantes mecanismos para o entendimento, a solução de conflitos, a reconciliação nacional e para alcançar a paz” e informou que fará no encontro uma intervenção defendendo que o pressuposto para a pacificação da Síria é a suspensão das ações militares dos bandos mercenários financiados e armados pelas potências imperialistas e a exclusão de qualquer tipo de ingerência externa ou intervenção militar.

Redação do Vermelho com Prensa Latina