SC vive mais uma noite de violência: seis ônibus incendiados

Pelo menos seis ônibus foram incendiados na quarta-feira (14) na Grande Florianópolis, em Santa Catarina. É a terceira noite consecutiva de violência que o Estado vive. Os ataques ocorreram dessa vez no bairro Ingleses, na capital catarinense e nas cidades de Tijucas e Palhoça. O fogo nos coletivos atingiu dois carros que estavam nas ruas. Uma base da Polícia Militar também foi atacada a tiros, além de uma central de videomonitoramento.


Imagem divulgada em O Globo como sendo divulgação

A maioria dos ataques aconteceu na Grande Florianópolis, onde cinco coletivos foram alvos. O prédio da central de videomonitoramento da Polícia Militar (PM) foi atingido por disparos. Em Balneário Camboriú, a base da Guarda Municipal foi alvo de tiro por volta das 23h30mim.

O primeiro incêndio em ônibus foi registrado por volta das 20h, na rua João Nunes Vieira, em Ingleses. Segundo a polícia, três homens interceptaram um coletivo da empresa Canasvieiras e obrigaram motorista, cobrador e passageiros a saírem do veículo, ateando fogo em seguida. Dois adolescentes foram detidos suspeitos de participar da ação.

No município de Palhoça, um ônibus foi atacado por dois homens armados em uma moto no bairro Caminho Novo. A dupla obrigou o veículo a parar, rendeu o motorista e espalhou combustível pelo corredor do coletivo. Na ação, duas pessoas ficaram feridas, uma com queimaduras superficiais e outra com uma torção no tornozelo, segundo a polícia. Três suspeitos pelo crime foram detidos.

Dois outros ônibus foram incendiados no município de Tijucas, sendo um veículo escolar da prefeitura de Porto Belo e um coletivo da empresa Juliva. Os ataques aconteceram, respectivamente, na rua Alvina Simas Reis e avenida 13 de Maio, ambas no centro da cidade.

Reunião de emergência

O governador de Santa Catarina e o prefeito de Florianópolis participaram uma reunião de emergência nesta quinta-feira (15) para avaliar a onda de ataques que vem aterrorizando moradores de várias cidades catarinenses, desde a segunda (12). O encontro foi na Casa d'Agronômica, residência oficial do governador Raimundo Colombo (PSD).

O comandante da PM no estado, coronel Nazareno Marcineiro, apresentou os números de mais uma madrugada violenta e as ações que serão adotadas para conter os ataques. O prefeito Dário Berger (PMDB) afirmou estar preocupado com a segurança dos usuários do transporte coletivo.

Por conta do feriado, além do movimento de turistas em Florianópolis que ocorre normalmente, também terá um festival de música de axé na região central.

Não foram revelados maiores detalhes da reunião. Na última quarta-feira, em coletiva, o governador e autoridades de segurança rebateram as acusações de que "estariam inertes" diante da onda de ataques.

No início da semana, uma funcionária de uma empresa de administração prisional recebeu uma mensagem no celular avisava que os ataques seriam uma represália aos maus tratos que estariam ocorrendo dentro da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, chegou a afirmar que os atentados em Florianópolis podem ser uma imitação dos ataques ocorridos nos últimos dias em São Paulo.

Com agências