Paraguai: organizações pedem liberação de camponeses presos 

Organizações internacionais pediram, nesta segunda-feira (19), a liberdade dos camponeses paraguaios detidos desde a desocupação em Curuguaty, parte deles está em greve de fome e com sua vida em risco.

Naquela ocasião, 11 camponeses e seis policiais morreram durante o enfrentamento que uma investigação independente o considerou provocado, como parte da operação política desenvolvida para destituição do presidente constitucional, Fernando Lugo. 

A Coordenação Latino-americana de Organizações do Campo, a Catedra Unesco de Direitos Humanos da Espanha, Campanha Global pela Reforma Agrária, FIAN Internacional, Rádio Mundo Real e Via Campesina Sul-amricana entre outras organizações assinaram a demanda.

Sinalizaram que consideram os trabalhadores rurais, presos políticos apreendidos durante quase cinco meses e protestaram pela falta de resposta do governo de Federico Franco diante da solicitação de liberação.

As organizações afirmaram que os atuais presos formam parte de um grupo de 54 pessoas imputadas com sete cargos penais, sem indícios suficientes para presumir sua responsabilidade e algumas das quais nem sequer estiveram presentes no dia do ocorrido.

Também impugnaram a nomeação do fiscal designado pera atender a causa pela falta de objetividade e parcialidade em suas atuações, que não pegou declarações dos camponeses acusados e pela sua negativa em investigar assassinatos supostamente executados durante o de supostamente executados durante a desocupação.

Chamaram a todos as organizações internacionais para expressar seu apoio aos camponeses, solicitar o a respeito de seus direitos humanos e processuais e evitar um desenlace fatal da greve de fome que mantém há mais de 50 dias.

Fonte: Prensa Latina