Venezuela: PSUV pode ganhar estados da oposição

"No estado de Zulia, a intenção de voto de Arias Cárdenas supera a de Pablo Pérez; em Carabobo onde a má avaliação do atual governador abre grandes posibilidades ao candidato do PSUV, Francisco Ameliach, e em Nueva Esparta, onde a liderança de Morel Rodríguez já começa a decair em seu terceiro mandato”, enumerou Chacón, no programa Entrevista Venevisión.

De acordo com o mais recente levantamento, Chacón assegurou que os cenários que se contemplam para a vitória da organização vermelha se dividem em três grupos. O primeiro, vitória contundente dos candidatos do PSUV nos estados de Barinas, Delta Amacuro, Falcón, Portuguesa, Yaracuy e Vargas, onde o presidente Chávez ganhou comodamente em 7 de outubro.

O segundo grupo é composto de estados onde houve mudanças de candidatos a governador, e não há candidatos à reeleição, devido à deficiente gestão: Apure, Aragua, Cojedes, Guárico e Trujillo, substituidos por aspirantes que acabam de trabalhar diretamente com Chávez. Nesse sentido, comentou que a incorporação da candidatura do profesor Aristóbulo Istúriz, no estado de Anzoátegui, mudou o panorama do chavismo na unidade.

O terceiro grupo é representado por estados em que se ampliaram as posibilidades do chavismo, ainda que Chávez não tenha ganho por muita diferença.

As perspectivas de triunfo também se abrem em estados governados pela direita, como Carabobo, Nueva Esparta, Zulia e Miranda, onde as críticas à gestão dos atuais governadores são muito duras e se respira desejo de mudança. Especialmente significativo é o caso de Miranda, onde Capriles, governador do estado, acada de perder para Chávez e quer manter-se no governo como último recurso para não desaparecer da cena política.

Por outro lado, o especialista assinalou que o candidato socialista ao governo do estado de Táchira, José Vielma Mora, é favorecido por sua experiência como gestor público eficiente, por seu trabalho no Servicio Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária (Seniat).

Finalmente, há seis estados em disputa em que a contenda eleitoral se presume apaixonante e não se pode predizer quem vai ganar. Em Bolívar, Sucre e Mérida, a divisão chavista em duas candidaturas dificulta a possibilidade de manter o poder local.

As outras três regiões com resultados incertos e que se encontram nas mãos da oposição – Amazonas, Táchira e Lara – apresentam dinâmicas muito diferentes entre si, sendo os casos mais interesantes os de Táchira e Lara.

A administração das eleições presidenciais pela oposição, sem pensar nas de governador, criou um mecanismo de frustação em grande parte do eleitorado da oposição, deixando rastros de segura desmobilização.

Fonte: AVN