Argentina: Solução será pelo diálogo, diz ministro sobre greve

Em resposta à greve realizada nesta terça-feira (20) em Buenos Aires, Argentina, a presidenta Cristina Kirchner pediu “uma grande responsabilidade na defesa do projeto político que gerou mais de 5,5 milhões de postos de trabalho”.

Argentina - Reuters/Enrique Marcarian
A Argentina tem a segunda maior taxa de sindicalização da América Latina (37%), superada apenas por Cuba (71%). A greve foi convocada pela CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e CTA (Central dos Trabalhadores da Argentina). Os trabalhadores reivindicavam a diminuição dos impostos, a ampliação do acesso a planos assistenciais do governo e melhorias no sistema previdenciário.

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Os manifestantes impediram o acesso ao centro de Buenos Aires com piquetes. Dessa forma, conseguiram uma maior efetividade do que teriam alcançado se quisessem fazer uma grande mobilização na Praça de Maio (tradicional centro de protestos no país), como avaliou um dirigente da CGT.

O ministro do Trabalho, Carlos Tomada, afirmou que “a totalidade de trabalhadores representados, se absolutamente todos tivessem parado, não representaria 25% dos trabalhadores”. “Não se governa por nove anos sem escutar e sem diálogo, assim que, como sempre, as soluções vão terminar chegando pela via do diálogo”, concluiu Tomada, criticando a pouca vontade real de dialogar dos sindicatos opositores.

“Houve mais de 300 piquetes em todo o país”, destacou o presidente da CTA, Pablo Micheli, destacando a estratégia realizada junto com a CGT para garantir a greve. “Estou feliz porque hoje tivemos trabalhadores na rua reclamando”, afirmou. Entre os aliados que se mobilizaram estava parte da esquerda, como o Partido Obrero, a Corrente Classista e Combativa e o Partido dos Trabalhadores Socialistas.

O presidente da CGT, Hugo Moyano, disse que “se o governo não der respostas, as medidas serão incrementadas”. E ressaltou que “agora é tempo de realizar uma avaliação desta jornada de protesto e esperar, porque o governo tem a resposta”.

Da Redação do Vermelho,
com agências