Cúpula europeia definirá orçamento afetado pela crise
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) buscarão entre hoje e amanhã um acordo sobre o orçamento para 2014-2020, cortado pela crise econômica e da dívida soberana na região.
Publicado 22/11/2012 10:15
Tudo parece indicar que esta meta será difícil por causa do choque entre os contribuintes líquidos, que exigem reduções mais em linha com a austeridade presente nos orçamentos nacionais, e os beneficiários das ajudas europeias, contrários aos cortes.
Fontes do executivo comunitário também alertaram que haverá diferenças e tentativas de interferir nas negociações dos líderes europeus pelo fracasso do Eurogrupo em desbloquear a ajuda urgente para a Grécia.
A cúpula da UE começará com uma nova proposta de compromisso orçamentário e pode estender-se para além da sexta-feira, se necessário.
As chances de um acordo a respeito aumentaram graças à mais recente proposta de um corte de 80 bilhões de euros do plano original da Comissão, que chegava a 33 trilhões de euros em sete anos, em uma tentativa de contentar os contribuintes líquidos.
As diferenças entre os defensores e críticos se limitam a 0,1-0,2 por cento do PIB, enquanto o plano original do Conselho Europeu supõe uma redução de 20 bilhões de euros a respeito das atuais perspectivas financeiras, e que deve agradar aos contribuintes líquidos.
Quase todos os países, especialmente os chamados amigos da coesão, incluindo Espanha e Itália, protestaram em voz alta.
No entanto, sete dos 11 contribuintes líquidos (Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Áustria, Holanda e Finlândia) aplaudiram as reduções do executivo comunitário e inclusive pediram mais cortes.
Confrontados com eles, 14 nações consideram que estes cortes são excessivos em relação aos auxílios regionais (incluindo Espanha, Portugal, Itália e Grécia), e outras 11 pensam o mesmo sobre ajudas destinadas à agricultura (Espanha, Itália e especialmente a França) .
Os amigos de coesão insistem em que se leve em consideração a situação dos países mais afetados pela crise, e, do outro lado, os mais ricos pedem que a austeridade nas contas nacionais se aplique ao orçamento comum.
Fonte: Prensa Latina