Deputado quer punição de Presidente da UDR que matou sem-terra 

Nesta quarta-feira (28), em Curitiba, um júri popular condenou dois acusados de participação no assassinato do trabalhador sem-terra Sebastião Camargo, em 1998, durante um despejo ilegal na cidade de Marilena, no Noroeste do Paraná. No entanto, para o deputado Valmir Assunção (PT-BA), a justiça ainda não está completa.

Osnir Sanches foi condenado a 13 anos de prisão por homicídio qualificado e constituição de empresa de segurança privada, utilizada para recrutar jagunços e executar despejos ilegais. O outro acusado, Teissin Tina, ex-proprietário da fazenda Boa Sorte, lugar do assassinato do trabalhador rural, recebeu condenação a seis anos de prisão por homicídio simples.

“Os condenados poderão recorrer da decisão em liberdade ainda e o principal mandante, o ex-presidente da União Democrática Ruralista, Marcos Prochet, além de Augusto Barbosa da Costa, integrante da milícia organizada e financiada pela UDR ainda não foram julgados. Ambos apresentaram substituição de advogados às vésperas do júri e alegaram necessidade de mais tempo para se preparar para o julgamento, ou seja, uma nítida manobra para escapar da punição”, explicou o parlamentar.

Segundo o deputado, mesmo com o adiamento do julgamento de Prochet, as condenações já proferidas podem ser consideradas uma vitória dos trabalhadores brasileiros.

Valmir lembrou ainda que, em janeiro de 2013, está marcado o julgamento de Adriano Chafik, réu confesso do massacre de Felisburgo, em Minas Gerais. O fazendeiro Adriano Chafik Lued é acusado de matar cinco sem terra e ferir outros 17, ataque ocorrido em 20 de novembro de 2004.

“A truculência do latifúndio, com a formação de milícias armadas sob a justificativa da defesa da propriedade privada a qualquer custo não cabe dentro da democracia brasileira, muito menos na nossa Constituição que diz que a propriedade tem que ter uma função social”, disse.

Fonte: Informes PT