Sem categoria

Daniel Almeida: Reforma Política deve ser avanço, não retrocesso

“O Projeto da forma que querem votar não é avanço, antes sim um retrocesso para a democracia”. Foi o que afirmou o Daniel Almeida, deputado federal do PCdoB/BA, ao falar sobre as discussões em Brasília em torno do projeto que trata da reforma política, em participação no programa ‘Ideias e Debates’, da Rádio Vermelho.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Desde o mês de novembro a bancada do PCdoB na Câmara Federal tem externado sua posição em relação à votação da reforma política. Para os parlamentares comunistas se não houver entendimento entre todos os partidos sobre o mérito e o método da votação a pauta não irá passar.

O comunista reafirmou que “o PCdoB defende no Congresso uma proposta de reforma política que democratize as relações políticas no Brasil, que fortaleça o voto do eleitor, os partidos políticos e repeite a livre organização partidária. Além disso, defendemos uma reforma que tenha como centro a diminuição do espaço e do papel do poder econômico nas decisões políticas ”.

No entanto, o deputado diz que “infelizmente o que está pra ser votado não sinaliza garantia de que estes pressupostos sejam segurados. Pensamos que não haverá reforma política se a discussão for topicamente, ela deve ser abrangente e, portanto, garantir o fortalecimento da democracia”.

Leia também:

PCdoB não aceita votação da reforma política que gere retrocesso

Deputados ainda discutem pauta de votação para esta semana

Ele também falou da proposta de extinção da coligação proporcional. “Este ponto, por exemplo, pode prejudicar o partidos em formação ou mesmo os partidos menores. Isso é uma clara agressão ao direito de livre de organização partidária”, alertou Daniel. E alerta: “Se o resultado da votação da reforma política for apenas o fim da coligação isso produzirá uma retrocesso”


Financiamento público das campanhas eleitorais

Daniel refletiu sobre a discussão em torno do financiamento público de campanha e apontou que muitos parlamentares sugeriram uma proposta de financiamento misto.

“O PCdoB, em conjunto com os movimentos sociais, defende o financiamento total e exclusivamente público de campanha. Por outro lado, alguns parlamentares ou suprimem a questão ou propõem um financiamento misto – parte privado e parte público – de campanha. O que no nosso entender não corrigiria os problemas atuais desta questão”, apontou o comunista.

O deputado também destacou que há um amplo debate em torno da implementação da coincidência de mandatos. “Está em pauta a discussão de que os pleitos eleitorais sejam disputados em uma mesma data, de vereador a presidente. Porém, ainda não chegamos em um consenso de como esse procedimento se daria”.

Muro da grande mídia

Daniel também pontuou que hoje há uma significativa falta de informação por parte da sociedade sobre a discussão e entendimento da relevância da reforma política para o Brasil. Segundo ele, padecemos de uma desinformação em relação ao assunto o que dificulta a defesa do projeto em Brasília.

“Temos padecido muito por conta da falta de informação em torno do mérito e do que significa aprovar a reforma política para o país. E sabemos que a participação social é fundamental para esta questão”, explicou Daniel.

Ouça a entrevista na íntegra: