Chile: Ministro da Justiça renuncia após denúncia de corrupção

O ministro de Justiça do Chile, Teodoro Ribera, renunciou nesta segunda-feira (17) por suspeita de vínculos com um ex-funcionário que está em prisão preventiva por delitos de corrupção. Personalidades chilenas e integrantes do movimento estudantil pediram a investigação dos vínculos de Ribeira quando era reitor da universidade, com Eugenio Díaz, ex-presidente da Comissão Nacional de Acreditação (CNA).

A renúncia acontece após os questionamentos de diversos setores políticos e sociais sobre seu trabalho à frente da Universidade Autônoma do Chile.

O ministro chegou na manhã desta segunda (17) ao Palácio de La Moneda para participar do tradicional Comitê Político das segundas-feiras, onde apresentou sua renúncia ao presidente Sebastián Piñera.

Díaz, junto aos ex-reitores das universidades do Mar e Pedro de Valdivia, Héctor Zúñiga e Angel Maulén, respectivamente, são acusados de suborno e negociação incompatível.

Segundo a Promotoria, durante o período 2009 -2011, o ex-funcionário da CNA recebeu ao redor de 300 milhões de pesos (cerca de 620 mil dólares) como pagamento por assessorias realizadas a cinco universidades que buscavam se credenciar.

Díaz, inclusive, realizou em 2012 uma assessoria para Gendarmería com o consentimento do Ministro e, anos antes, a Universidade Autônoma foi acreditada quando Ribera era o reitor da instituição.

Também foi divulgada uma mensagem eletrônica na qual o acusado pedia favores familiares ao atual ministro de Justiça. O ministro alegou que se tratou de uma relação circunstancial e que nunca houve pagamento por isso.

"Minha vinculação é colateral, refere-se a correios eletrônicos que o senhor Díaz enviava recomendando pessoas para contratar, não necessariamente parentes dele", disse Ribera.

Com Prensa Latina