Mudança importante: Juros em novembro são os menores em 12 anos

A taxa média de juros para empresas e pessoas físicas continuou em queda e chegou ao menor nível da série histórica iniciada em 2000, segundo o Banco Central (BC).

Essa taxa ficou em 28,9% ao ano, com redução de 0,5 ponto percentual em relação a outubro. Novembro é o nono mês seguido em que há redução da taxa média.

No caso das famílias, a redução na taxa de juros de outubro para novembro chega a 0,6 ponto percentual. A taxa ficou em 34,8% ao ano, no mês passado. Para as empresas, houve queda de 0,4 ponto percentual para 21,7% ao ano.

A redução da taxa de juros é uma importante mudança tópica em um dos principais aspectos da política macroeconômica do governo da presidenta Dilma Rousseff. Corresponde a uma reivindicação histórica dos partidos de esquerda, dos movimentos populares, dos trabalhadores e do empresariado do setor produtivo. Por isso mesmo vem sendo condenada pelos rentistas e especuladores, monopolistas do capital financeiro. Esta é uma das razões por que, a revista The Economist, porta-voz desses setores, está em campanha pela demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Inadimplência

A inadimplência média em operações de crédito registrou o primeiro recuo após quatro meses de estabilidade em novembro, ao mesmo tempo em que o mercado de crédito continuou em expansão e os juros, em queda.

Segundo dados do BC, a taxa de inadimplência –atrasos nos pagamentos acima de 90 dias– fechou o mês passado em 5,8%, leve queda sobre o desempenho visto entre julho e outubro, de 5,9%.

A queda na inadimplência geral veio da leve redução nos calotes de pessoas físicas, que caíram 0,1 ponto percentual no período, para 7,8%, influenciada pela queda na falta de pagamento de financiamento de veículos de 0,3 ponto percentual em relação a outubro, para 5,6% em novembro.

Para empresas, a taxa de inadimplência ficou estável em 4,1%, segundo o BC.

Crédito sobe 1,5%

Segundo o BC, o crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro no Brasil subiu 1,5% em novembro, sobre o mês anterior, chegando a 52,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 2,304 trilhões.

A expansão foi puxada novamente pelos bancos públicos, cujo estoque cresceu 2,2%, enquanto o setor privado nacional teve alta de 0,9%. As instituições estrangeiras registraram crescimento no estoque de 1,1% sobre outubro.

Com informações do UOL