Argentina: para governo, sindicalistas comandam onda de saques

Desde quinta-feira (20), um grande número de lojas de diferentes províncias da Argentina foram saqueadas. “A intenção é criar um clima de instabilidade e insegurança,” disse o presidente da Câmara dos Deputados da Argentina, Julián Domínguez sobre os saques a lojas e supermercados no país.

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Os atos de vandalismo começaram em Bariloche, polo turístico no sul da Argentina, e depois se estenderam a outras localidades das províncias de Buenos Aires, Santa Fé e Chaco.

“Não se pode confundir vandalismo com necessidade social, porque esse roubos não são porque as pessoas estariam com fome. Sabemos que existem necessitados, mas este governo está dando respostas”, disse em entrevista ao jornal Tiempo Argentino.

O deputado também sustentou que há relação entre estes fatos e setores sindicais: “falei com a intendente de campanha (Stella Maris Giroldi), e me dizia claramente que havia três caminhonetes que coordenavam as pessoas para atacar os supermercados. Os legisladores de Santa Fé disseram a mesma coisa”, ressaltou.

A visão é corroborada pelo vice-ministro de Segurança, Sergio Berni, que afirmou, a uma rádio, que a violência registrada na localidade portuária de Campana, cerca de 80 quilômetros ao norte de Buenos Aires, foi orquestrada por grupos vinculados a um sindicato de caminhoneiros dirigido por Hugo Moyano, que também dirige a central sindical oposicionista CGT.

Violência

Cerca de 250 pessoas foram detidas nos saques. Em Rosário, principal cidade da província de Santa Fé, duas pessoas morreram baleadas em meio à onda de ataques a supermercados.

O governo mobilizou 400 policiais para reforçar a segurança em Bariloche, onde centenas de pessoas com os rostos escondidos saquearam um loja da rede norte-americana Wal-mart.

"Há uma setor na Argentina que quer levar o caos, à violência e tingir de sangue nossas festas", disse Berni, que estava em Bariloche. "Esta não é a mesma Argentina de 2001", acrescentou.

Da Redação do Vermelho,
com agências