Começa o Ano Internacional da Quinoa, o Grão de ouro

A chegada de 2013 colocará em marcha amanhã o Ano Internacional da Quinoa, um dos cultivos mais antigos da região andina, em reconhecimento das práticas ancestrais dos povos originários.

A decisão de consagrar 12 meses a esse cereal foi adotada em 2010 pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o propósito de impulsionar à produção e o consumo de um alimento de alto valor nutritivo, superado só pelo batata e maior que o do milho.

Em uma resolução, esse órgão da ONU elogiou os costumes das comunidades indígenas para viver em harmonia com a natureza como fator essencial para a manutenção, controle, proteção e preservação da quinoa em seu estado natural como alimento.

Também sublinhou a importância do grão para conseguir a segurança alimentícia, a nutrição e a erradicação da pobreza, metas incluídas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio lembrados pela ONU em 2000 para ser conseguidos em 2015.

E afirmou a necessidade de aumentar a consciência do público a respeito das propriedades nutritivas, econômicas, ambientais e culturais do cereal, cuja planta é originaria do Lago Titicaca e data cinco mil anos antes de Cristo.

A inauguração oficial do ano da Quinoa deveria ter sido celebrada no dia 29 de outubro na sede do organismo mundial em Nova York, mas teve que ser postergada para outra data devido ao furacão Sandy que afetou Nova York e a sede da ONU nessa data.

Para essa ocasião estava programada a presença do presidente da Bolívia, Evo Morales, e da Primeira Dama do Peru, Nadine Heredia de Humala, que ostentam o título de embaixadores especiais do Programa Mundial de Alimentos.

De acordo com os especialistas, o chamado Grão de Ouro supera outros cereais e produtos de origem animal em valor calórico (acima do ovo e do leite e é comparável a carne), proteico (superior ao trigo, arroz, milho e aveia) e minerais (rico em fósforo, potássio, magnésio e cálcio).

Também conta com diversas substâncias de importância para a medicina em matéria de circulação sanguínea, osteoporose, arteriosclerose, câncer de mama e alterações femininas pós-menopausa ocasionadas pela falta de estrógenos.

Os principais produtores de quinoa são a Bolívia, o Equador e o Peru, ainda que também se cultiva no Chile, na Argentina, no Brasil e em outras nações da América Latina e existem estudos para sua introdução na Europa, Ásia, África, Austrália e América do Norte.

Fonte: Presa Latina