União Africana pode suspender a República Centro-africana

A UA disse que uma "tomada do poder através de meios ilegais, se ocorresse, levaria à automática suspensão da participação (do país), bem como à adoção de sanções e outras medidas contra os autores de tal mudança anti-constitucional, e seu total isolamento".

Essa advertência é um sério chamado de atenção à coalizão insurgente que enfrenta o governo do presidente François Boizé, cujo exército não tem detido a ofensiva rebelde para a capital, Bangui, pese a contar com o apoio de militares procedentes do vizinho Tchade.

Segundo a presidenta da Comissão da União, Nkosazana Dlamini Zuma, essas disposições estariam de acordo com o estipulado na ata fundacional da organização regional e em seu capítulo sobre Democracia, Eleições e Governo na África.

Também em uma mensagem, Zuma recusou toda tentativa de conseguir o poder mediante a violência e o uso da via armada para atingir objetivos políticos.

Comentou que esse tipo de ações poderiam ser estendidas, o que "supõe uma grave ameaça à paz e à segurança na África, ao mesmo tempo em que mina os atuais processos democráticos e os esforços sócio-econômicos no continente".

Por outro lado, a presidenta da Comissão da UA concedeu sua concordância com o compromisso expresso ontem pelo pelo presidente Bozizé, de trabalhar para uma solução negociada à atual crise na República Centro-africana.

Fonte: Prensa Latina