Mapuches pedem diálogo com governo ao invés do uso da força

Líderes mapuches expressaram nesta segunda-feira (7) seu rechaço ao aumento do contingente policial ordenado pelo governo na região da Araucania e pediram o diálogo com as autoridades.

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“O povo Mapuche acredita que o problema não é colocar mais policiais, segurança, ou aeronaves de inteligência. Isso só será resolvido quando tivermos um presidente inteligente, que nos convide para conversar sobre a dívida histórica que tem com a gente", disse o dirigente do grupo Ad-Mapu, José Santos Millao.

O líder da comunidade autônoma de Temucuicui, Jorge Huenchullán, denunciou nesta segunda-feira (7) que as forças de Carabineros realizaram ataques na zona e agrediram um membro da comunidade.

O governo chileno insiste em qualificar de "ações terroristas" os incendios das últimas semanas, e em consequência aplicar a Lei Antiterrorista, que comunidades indígenas e organizações de direitos humanos consideram inadequada para tipificar esses incidentes.

Na região da Araucania existem cerca de 400 policiais, de maneira que é o território de maior concentração uniformizados do país, em correspondência com o número de habitantes.

Além disso, forma destinados 40 peritos da Polícia de Investigações para as pesquisas dos incêndios e a Agência Nacional de Inteligência aumentará sua coordenação com aparatos de informação das forças armadas e de carabineiros na região.

As autoridades anunciaram que o estabelecimento de uma zona de vigilância, com quatro novos carros blindados e um segundo helicóptero de exploração.

Fonte: Prensa Latina