Governo colombiano e Farc retomam diálogo de paz em Cuba

O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) retomam nesta segunda (14) em Havana as conversações, depois de um recesso de 23 dias.

As partes voltam ao Palácio de Convenções na capital cubana – sede do diálogo desde o dia 19 de novembro – para dar continuidade às discussões que estiveram centradas na questão da terra, considerada chave nesta nova tentativa de acabar com décadas de conflito armado.

Entre as novidades na mesa de negociações, etá o recebimento, por parte do governo colombiano e das Farc-EP, na semana passada, dos resultados de um fórum de desenvolvimento agrícola realizada em Bogotá, em meados de dezembro, para promover a participação da sociedade colombiana no processo de paz.

Antes de entrar em recesso, as delegações que adiantam o diálogo emitiram, em 21 de dezembro, um comunicado conjunto no qual expressaram que a aproximação decorreu "de forma respeitosa e construtiva."

Também assinalaram o progresso nas discussões sobre a questão da terra, o primeiro item na agenda estabelecida no Acordo geral para o fim do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura, documento que rege a mesa.

O texto também inclui questões como a participação política, o problema do narcotráfico, o fim do conflito, a atenção às vítimas e mecanismos para verificar e aprovar o que for pactado.
Tanto a equipe do governo, liderada pelo ex-vice-presidente Humberto de La Calle, como a do comandante Iván Márquez, representante da guerrilha, coincidiram em defender seu compromisso com a procura da paz e a participação da sociedade colombiana no processo.
A propósito da contribuição de diferentes setores sociais da Colômbia, a mesa ativou um site em 7 de dezembro, que recebeu mais de três mil propostas.

Outra iniciativa executada pelas partes foram as consultas com especialistas e pessoas ligadas ao setor rural, onde as partes interessadas localizam a origem e aprofundamento do conflito e, portanto, em grande parte o caminho para a sua solução.

Depois do inicio das conversações, em 19 de novembro – com os governos de Cuba e Noruega como fiadores -, as delegações do governo colombiano e das Farc-EP realizaram 21 dias e mais de 100 horas de reuniões.

Fonte: Prensa Latina
Tradução: Leo Ramirez