Capistrano: A Uern e o futuro reitor
2013, ano de eleição na Uern, a comunidade universitária deverá escolher o seu dirigente máximo. Vai ser eleito e nomeado o novo reitor. Pelo caminhar do andor será escolhido, pela primeira vez, um docente da geração pós-estadualização. Portanto, uma escolha que tem um significado histórico importante para instituição.
Publicado 15/01/2013 17:43 | Editado 04/03/2020 17:07
Os reitores que até aqui comandaram a Uern conheceram os dois lados da moeda – a antiga Furrn e a nova Uern. Na eleição que se avizinha estamos vislumbrando uma disputa entre docentes da geração pós-estadualização, todos concursados, com pós-graduação e com experiência administrativa na instituição. Alguns já disputaram cargos na administração, exerceram ou exercem funções nos diversos setores da universidade, tanto acadêmico como administrativo. Portanto, conhecem a instituição, o seu funcionamento e os seus problemas.
Espero que essa campanha eleitoral seja um momento muito rico e positivo para a Uern. Cada candidato apresentando sua proposta de trabalho, debatendo com a comunidade universitária os problemas e os caminhos que a universidade deve tomar.
A meu ver é importante manter, com independência e equilíbrio, um bom relacionamento com o governo do estado. Claro, sem deixar de defender de forma permanente a autonomia da instituição, no que preceitua a Constituição Federal e Estadual: Autonomia administrativa, pedagógica e financeira, todas fundamentais para o bom funcionamento de qualquer instituição universitária. É bom lembrar que o ocupante da cadeira de governador é o Chanceler da Universidade.
Não só como ex-reitor, mas, e, principalmente, como cidadão comprometido com o ensino público, gratuito e de boa qualidade. Estarei ligado no debate, se possível, dando a minha modesta colaboração nas discussões sobre a Uern e o seu futuro.
Acho que um dos temas que não pode deixar de estar presente nesta campanha é a questão da autonomia universitária, principalmente a financeira, ela é basilar para um bom desempenho da nossa instituição. Outra questão imprescindível é o papel da Uern no processo de desenvolvimento do nosso Estado. Como a Universidade pode participar de forma efetiva dos programas e projetos nas diversas áreas de interesse do RN, essa é uma questão que precisa ser explicitada. A Uern não pode ficar ausente dessas ações, este é um ponto fundamental para um bom entrosamento entre a Uern e o governo do Estado, como também para acabar com a ideia, que circula em todos os governos, de que a universidade é um peso para os cofres do Rio Grande do Norte.
A Uern não pode e nem deve ficar ausente dos convênios que são celebrados entre o governo estadual e instituições universitárias do RN, ela tem que ter prioridade na escolha para elaboração e execução desses projetos. Ela pertence ao Estado.
Outro ponto importante. O novo reitor terá que se movimentar em busca de recursos do governo federal e de convênios com instituições nacionais e internacionais. Esses recursos e esses convênios são fundamentais para a melhoria acadêmica e da sua estrutura física. A universidade não deve fica dependendo somente do Estado.
Tenho conversado com velhos companheiros da Uern e com alguns ex-reitores, de forma mais constante com o meu cunhado o ex-reitor Antonio Gonzaga Chimbinho, todos atentos ao processo de escolha do novo reitor e ao futuro da Uern.
Pelas informações que tenho recebido já se apresentam como candidatos a reitor: Ana Dantas, diretora do Campus de Natal; Gilton Sampaio, diretor do Campus de Pau dos Ferros e Pedro Fernandes, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação. Todos qualificados e prontos para assumir essa nova tarefa. Eu boto fé nessa nova geração.
Vamos esperar pelos debates e, pelas propostas, aí sim, escolher de forma democrática, sem ingerência externa, o melhor para a Uern.