Pobreza diminui 39% na América Latina, diz Cepal

A América Latina e o Caribe conseguiram reduzir em 39% a média regional de pobreza, ao passar de 48,4% para 29,4% da população nesta condição na comparação entre os anos de 1990 e 2011. No total, a indigência diminuiu 49,1%, já que em 1990 chegava a 22,6% da população regional e em 2011 atingiu 11,5%. Os dados são da Cepal e se referem a 18 países da América Latina e Caribe. O Haiti não consta nas estatísticas.

Pobreza

Entre os países com maior redução percentual de pobreza estão a Argentina, com 83,6% (considerando-se que a Cepal utiliza apenas dados de áreas urbanas neste país), seguida por El Salvador (65,8%); Uruguai (56,5%), Peru (49,2%), Chile (45,5%) e Brasil (44%). O período do levantamento é de 2002 a 2011.

Com relação à indigência, a Argentina teve redução de 87% (dados urbanos). O Peru teve o segundo melhor desempenho, apresentando uma redução de 74,1%; seguido por Uruguai (56%); Brasil (53%), Equador (47,9%) e Venezuela (47,3%). O período do levantamento é de 2002 a 2011.

No início da década de 2010, Honduras é o país com a maior quantidade de pobres: 67,4%, seguida por Nicarágua, com 58,3%, Guatemala e Paraguai com 54,8%. A Bolívia ocupa a 6ª posição, com 42,4% das pessoas em situação de pobreza.

Em melhor posição estão Uruguai, com 8,6% da população nesta situação, seguido por Chile (11,5%), Brasil (24,9%), Panamá (25,8%) e Venezuela (27,8). Países que têm a média de pobreza inferior à média latino-americana.

Piores resultados

Por outro lado, o México foi o único país que apresentou aumento na quantidade de pessoas indigentes. Em 2002, 12,6% de mexicanos estavam em situação de indigência e em 2010 este número atingiu 13,3%, representando um acréscimo de 5,3%.

O pior desempenho na redução da pobreza foi verificado na Costa Rica (7,4%), México (7,9%), Guatemala (9%), República Dominicana (10,4%), Honduras (12,8%) e Nicarágua (16%).

Com relação à indigência, a República Dominicana reduziu em apenas 1,93% a relação de pessoas nestas condições, a Guatemala (5,8%), Costa Rica (11%) e o Paraguai (15,7%).

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva