Salvador terá internação compulsória para dependentes químicos

Na Bahia, seguindo o exemplo de São Paulo, os dependentes químicos também serão internados compulsoriamente, ou seja, à força. Se for atestado que o viciado não tem domínio da sua própria saúde e condição física e este se negar a receber tratamento, mesmo sem autorização da família, um juiz poderá determinar sua internação, depois de pedido feito por um médico.

A previsão é de que, até março deste ano, seja criada pela Superintendência de Prevenção e Acolhimento aos Usuários de Drogas e Apoio Familiar (Suprad), órgão vinculado à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, uma equipe com profissionais de saúde. De acordo com a Suprad, em Salvador não tem “cracolândia”, mas tem lugares com características parecidas, a exemplo do Centro Histórico, por onde a ação deve ser implantada.

Antes da internação compulsória, a equipe trabalhará tentando se aproximar do usuário de drogas, conviver e criar confiança. Porém, para a Superintendância, mais difícil do que chegar até o usuário é a rede de saúde atender a todas essas pessoas. A saída para o Estado é internar em hospitais gerais. Para isso, precisa implantar mais leitos psiquiátricos nas unidades hospitalares. Atualmente são 800 vagas por ano. Outro problema é o município não dá suporte, pois nem se quer tem um Centro de Atendimento Psicossocial tipo três, de acolhimento noturno.

De Salvador,
Maiana Brito, com informações do Correio