HGF supera a marca de 1.500 transplantes de rins

O Hospital Geral de Fortaleza (HGF) realizou nos 23 primeiros dias deste ano 19 transplantes de rim e ultrapassou a marca de 1.500 cirurgias, desde 1995, ano em que o hospital da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) fez o primeiro transplantes de rim de doador cadáver. De lá até hoje são 1.501 transplantes realizados, somados os dois transplantes de quarta-feira (23).

Ano a ano, o HGF tem levado o Ceará a superar recordes sucessivos de transplantes de rim. Nos últimos dois anos, O HGF realizou 143 transplantes em 2011 e 166 em 2012. Nesses dois anos, o total de transplantes de rim no Estado foi de 256 em 2011 e 284 no ano passado.

O primeiro transplante de rim do Ceará foi a partir de doador vivo em 1977, no Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (UFC). O HGF realizou o primeiro transplante renal intervivo em 1983. Em 1988 o HU fez o primeiro transplante a partir de doador cadáver. Em dezembro de 2012, o Hospital das Clínicas da UFC comemorou a realização de mil transplantes renais, marca alcançada pelo HGF em abril de 2010. Nos registros da Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado, que iniciou a partir da sua implantação, em 1998, a registrar os transplantes de órgãos e tecidos realizados no Ceará, foram feitos até o ano passado 2.258 transplantes renais no Estado.

Transplantes em 2012

Com recorde de transplantes de rim, fígado e medula óssea, o Ceará realizou em 2012, ano em que assumiu a posição de segundo Estado com maior número de doadores efetivos de órgãos e tecidos do país, o total de 1.268 transplantes. Em transplantes de pulmão e valva cardíaca, os números foram iguais aos de 2011 e, de pulmão, o Ceará tem no ano a segunda melhor marca da história, com 28 cirurgias realizadas, mais que as 25 de 2009, as 16 de 2010 e as 25 de 2011. A única redução foi em transplantes de córnea, que teve a fila de espera de ativos e semiativos reduzida de 813 pacientes no início de 2012 para 516 no início de 2013, ano em que a expectativa é zerar a fila de espera, situação em que o tempo de espera pelo transplantes não ultrapassa os três meses. Atualmente, a espera é de seis meses. O número de transplantes de córnea passou de 795 em 2011 para 718 no ano passado. Em 2011, foram realizados, no total, 1.297 transplantes.

Com 140 doadores efetivos de órgãos e tecidos para transplantes até setembro de 2012, o Ceará confirmou no terceiro trimestre do ano passado a posição assumida no primeiro semestre de segundo estado com maior número proporcional de doadores efetivos do país. Por milhão da população (pmp), o Ceará teve 22,1 doadores efetivos, atrás apenas de Santa Catarina, com 25,6 doadores efetivos por milhão da população, 120 doadores em número absoluto. Depois do Ceará aparecem o Distrito Federal, com 20,8 doadores efetivos pmp, São Paulo (19,1) e Rio Grande do Sul (17). Os números são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Tecidos (ABTO).

Em 2012 foram realizados 284 transplantes de rim (28 a mais que no ano anterior), 10 de rim/pâncreas, 28 de coração (três a mais que em 2011), 158 de fígado (quatro a mais), quatro de pulmão, 26 de medula óssea (nove a mais), 15 de valva cardíaca, 718 de córnea, um de pâncreas isolado, dois de pâncreas pós-rim e 20 de esclera (três a mais que em 2011). O total de 1.268 transplantes de 2012 é superior aos realizados anualmente até 2010. Desde 2007 o Ceará bate recordes sucessivos de transplantes. Naquele ano, foram realizadas 654 cirurgias, contra as 446 do ano anterior. Em 2008, novo recorde, com 742 transplantes realizados. Em 2009, foram 760 transplantes, e em 2010, o total ficou em 872. Em 2011, a marca dos mil procedimentos foi ultrapassada com a realização de 1.297 transplantes.

Fonte: Sesa