Haroldo Aragão: 350 anos do serviço postal no Brasil
O serviço postal brasileiro chega aos 350 anos neste 25 de janeiro. Da época do Brasil colônia pra cá, muita coisa mudou, mas os Correios continuam a desempenhar importante papel de integração nacional e de inclusão
Publicado 25/01/2013 16:15 | Editado 04/03/2020 16:28
Embora o tráfego de correspondência tradicional no País ainda seja imenso – cerca de 6,5 bilhões de objetos por ano – a atuação do correio brasileiro vai além da entrega de cartas. Todos os dias, milhares de compras feitas pelos consumidores na internet são entregues pelos Correios. A empresa é responsável ainda por grandes operações logísticas, como a distribuição de provas do Enem e a entrega de milhões de livros didáticos a alunos de escolas públicas, em parceria com o Ministério da Educação. Já nas agências da estatal a população tem acesso a serviços bancários, via Banco Postal.
Essa tendência à diversificação ocorre não apenas no Brasil. Grandes operadores postais do mundo, como o correio italiano, estão se tornando empresas multisserviços. Trata-se de uma transformação necessária diante das mudanças sociais e tecnológicas da nossa época. Aqueles que não diversificaram, como o correio norte-americano, enfrentam hoje grandes dificuldades.
Por isso os Correios do Brasil vão continuar a ampliar seus segmentos de atuação, sem perder o foco na logística de entregas e com o compromisso de garantir a qualidade dos serviços postais. Paralelo a isso, haverá a continuidade dos investimentos em recursos humanos e materiais.
Um dos projetos é ingressar no mercado de telecomunicações através da oferta do serviço de telefonia móvel virtual. Outra meta é atuar no Exterior: ainda neste ano, a estatal vai abrir seu primeiro escritório fora do País, em Miami (EUA). O objetivo é prospectar oportunidades nos mercados de logística e de encomendas e oferecer apoio aos brasileiros no Exterior.
Queremos também potencializar o uso da capilaridade da nossa rede de atendimento em benefício da sociedade. A ideia é utilizar as agências – presentes em todos os municípios do País – para ampliar o acesso da população a serviços e políticas públicas. No Ceará são mais de 200 unidades de atendimento distribuídas nos 184 municípios.
Essas estratégias estão sendo planejadas e executadas para garantir que os Correios, com avanços tecnológicos e digitais, atendam à evolução de demandas dos clientes do Século XXI e continuem a crescer e ofertar serviços de qualidade, mantendo-se como uma instituição que intermedia a comunicação entre as pessoas e contribui para o desenvolvimento do país.
Haroldo Aragão é Diretor Regional dos Correios no Ceará