Brasil terá seu 5° Instituto Confúcio

Em parceria com a Universidade Jiao Tong de Beijing, a Unicamp recebeu, em 20 de janeiro, a aprovação da proposta de criação do Instituto Confúcio através do Hanban. “Foi uma surpresa muito agradável receber a notícia da aprovação”, afirma Leandro Tessler, assessor do reitor e membro do Grupo de Estudos Brasil-China do Centro de Estudos Avançados (CEAv) da UNICAMP.

Por Yu Pin Fang (Peggy)

Instituto de Confúcio

O Instituto Confúcio é uma instituição oficial do governo chinês cujo objetivo é o ensino de mandarim e a disseminação da cultura chinesa no mundo. O estabelecimento da instituição acontece sempre em parceria entre uma universidade chinesa e uma estrangeira. No caso da Unicamp, a universidade ´parceira é a Jiao Tong de Beijing. O Hanban, por sua vez, é uma instituição vinculada ao Ministério da Educação da China, e atende às necessidades do ensino da língua chinesa no exterior, oferecendo materiais, recursos e serviços didáticos. Contribui também para o desenvolvimento do multiculturalismo e o estabelecimento da harmonia mundial.

A proposta de criar um Instituto Confúcio no campus da Unicamp surgiu depois da visita do reitor da Universidade Jiao Tong de Beijing àquela universidade, em 2009. Desde então, a Unicamp teve o apoio e incentivo dos diretores do Instituto Confúcio da UNESP.

A Universidade Jiao Tong de Beijing, apesar de ser relativamente pequena, é umas das melhores instituições acadêmicas em trabalhos e pesquisas na área de engenharia. Possui key laboratory de alta tecnologia na área da logística de transporte. É responsável pela construção de grandes metrôs na China, como o de Shanghai. Também é muito famosa nas pesquisas de combustível alternativo. Portanto, na visão do professor Tessler, a parceria beneficiará significativamente as atividades da Unicamp.

O projeto começou com Maria Angélica Beozzo Pfister, funcionária atualmente aposentada do CEAv. Depois, o professor Leandro Tessler e sua assessora, professora Cláudia Valladão de Mattos, assumiram a continuidade da proposta.

Hoje, com a proposta aprovada pela China, o Instituto Confúcio terá sede num espaço vinculado à Unicamp (decorado com ornamentos chineses para criar um espaço que, de fato, represente o país asiático); a expectativa do professor Tessler é fazer do Instituto Confúcio não só um centro de ensino de língua chinesa, com autorização da aplicação de teste de proficiência do idioma, mas também um núcleo de intercâmbio nas grandes áreas de conhecimento, com possibilidade de vincular ao programa “Ciências sem Fronteira”, além de integrar as atividades do Grupo de Estudos Brasil-China, e vice-versa. Hoje, já existem estudantes chineses ativos na Unicamp e, futuramente, o fluxo de troca de estudantes com a China através do Instituto Confúcio será grande.
Em breve será definida a visita do reitor Fernando Costa à China para assinatura do acordo final. “Espero já matricular alunos nas aulas de chinês ainda neste semestre”, afirma o professor Tessler, entusiasmado.

Fonte: Grupo de Estudos Brasil-China / Centro de Estudos Avançados / Unicamp