Ação pela Vida melhora segurança pública

Nove meses após sua criação, o programa apresenta índices recorde na retirada de drogas e armas de fogo das ruas, na apreensão de autores de atos infracionais análogos a crimes e em prisões, os principais indicadores da produtividade policial. O secretário Sandro Avelar detalha as ações da pasta que comanda e aponta os resultados do programa.

Como funciona o Ação pela Vida?

Nós dividimos o DF em quatro áreas integradas de Segurança Pública: Sul, Leste, Oeste e Metropolitana. Semanalmente, os comandantes regionais das polícias Civil e Militar, do Detran e do Corpo de Bombeiros se reúnem com os administradores das cidades que integram essa áreas e os presidentes dos conselhos de segurança para analisar os números daquela região. Esses encontros identificam a dimensão dos problemas e os pontos onde ocorrem mais crimes. A partir daí, temos como fazer o combate específico à atividade criminosa em cada uma das regiões, já que cada uma apresenta situações diferentes.

Como o senhor avalia o programa?

Hoje, as corporações vinculadas à Secretaria de Segurança Pública – polícias Militar e Civil, Detran e Corpo de Bombeiros – atuam conjuntamente em todas as regiões do Distrito Federal. Já podemos considerar um bom legado essa integração das forças policiais, que têm trabalhado em conjunto desde o planejamento das operações, com espírito muito colaborativo. Isso tem sido muito produtivo e tem contribuído bastante para consolidar o programa Ação pela Vida, uma determinação do governador Agnelo Queiroz.

Quais são os resultados efetivos dessa iniciativa?

Mesmo em seu estágio inicial, com alguns itens ainda não colocados em prática, observamos nitidamente um resultado satisfatório, corroborado pelas estatísticas. A partir do lançamento do Ação pela Vida, em abril do ano passado, os números têm sido muito positivos se comparados tanto ao mês anterior quanto ao mesmo período um ano atrás. Percebemos que o caminho está correto, e há, ainda, aspectos importantes a serem concretizados.

Que ações podem ser destacadas?

Os índices de produtividade policial têm comprovado a eficiência do programa e das nossas corporações. Em 2012, quebramos o recorde histórico de apreensão de drogas – 1,2 tonelada de maconha e mais de 100kg de cocaína, entre outras. Também fizemos 11,5 mil prisões no ano passado, média de 31 por dia, superior às 10,7 mil de 2011, maior número registrado até então. As nossas forças de segurança apreenderam 2,5 mil armas, média de sete por dia. Também foram encaminhados 7.366 adolescentes às unidades de aplicação de medida socioeducativa. Tivemos, ainda, o maior índice de recuperação de veículos roubados e furtados do país, 7.336 carros.

Que outras medidas foram adotadas para dar ainda mais proteção à população?

A aquisição de viaturas também é uma marca importante. Nos últimos dois anos, entregamos 1,2 mil viaturas à Polícia Militar. Também adquirimos veículos para o Detran, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, inclusive aviões de combate a incêndio. Estamos criando 3.029 cargos para atualizar o efetivo da Polícia Civil, que hoje é de 6 mil homens, o mesmo de 1993, quando a população de Brasília era de 1,06 milhão de habitantes. Atualmente, temos cerca de 2,6 milhões de moradores no DF. A população nesse período mais do que dobrou, e o efetivo, não só da Polícia Civil como das demais corporações, permaneceu o mesmo. Também instalaremos, até 2014, 2 mil câmeras em todas as regiões administrativas. As imagens serão monitoradas em moderna central de controle, o que permitirá acompanhamento simultâneo de cada ocorrência. A aquisição de equipamentos de rádio para todas as forças de seguranças, assim como para o sistema penitenciário, permitirá comunicação entre todas elas, diferentemente de hoje. Tudo isso vai garantir resposta mais rápida no atendimento às ocorrências.

O que esperar em 2013?

A perspectiva para 2013 é ainda maior porque o programa vem sendo aperfeiçoado, e a tendência é que os resultados sejam cada dia melhores. É importante ressaltar a determinação do governador Agnelo Queiroz de reforçar o Ação pela Vida com a participação de outros órgãos do governo. A criminalidade, muitas vezes é criada por situações que independem da área de Segurança Pública.