Ex-presidente peruano será investigado por enriquecimento ilícito
A Procuradoria-Geral do Peru anunciou nesta terça-feira (06) que será iniciada uma investigação preliminar sobre uma acusação de enriquecimento ilícito do ex-presidente Alan García. O objetivo é identificar se os recursos destinados à compra de um imóvel em Lima, estimado em 830 mil dólares, provêm de “exercício irregular do cargo” em seu último mandato na Presidência.
Publicado 06/02/2013 15:52
"Conta-se com dados que revelariam um aumento do patrimônio do ex-chefe de Estado, que não se encontra devidamente justificado e que derivou na aquisição de tal imóvel", registra a resolução do organismo. García governou o Peru entre 1985 e 1990, e posteriormente entre 2006 e 2011. O ex-presidente afirma ter realizado a transação imobiliária com recursos próprios e créditos de um banco local.
“Queria lhes explicar que, nos 18 meses que não sou presidente, tenho ingressos de três milhões e 352 mil soles (aproximadamente 1,3 milhão de dólares) como resultado das conferências que ministrei e para as quais fui contratado em todo o mundo”, expressou García, por meio de um comunicado.
O ex-presidente peruano garantiu que deixará à disposição da Procuradoria “toda a documentação necessária para demonstrar a transparência” de suas atividades e chegou a detalhar quantos milhares de dólares ganhou com seu trabalho na Universidade de San Martín de Porres, com a pensão que recebe por ter ocupado o mais alto cargo do Poder Executivo do país e pela venda de livros de sua autoria.
Segundo ele, o crédito bancário recebido para a compra do imóvel em Miraflores, bairro nobre da capital peruana, equivale a 750 mil soles (291 mil dólares). Para corroborar a versão, a Procuradoria da Nação solicitou um relatório da situação fiscal do ex-presidente à Superintendência de Banca, Seguros e Administração de Fundos e Pensões do país.
Fonte: Opera Mundi