Chile: 42 escolas públicas deverão parar de funcionar

Segundo informou a Rádio Universidad de Chile, o fechamento dos colégios é resultado da baixa matrícula gerada nos últimos anos para esses colégios, influenciada pela competição das escolas privadas subvencionadas pelo Estado, que em 2011 concentravam 46,5% do total da matrícula escolar.

O fechamento de 42 escolas reabre o debate sobre as causas do sistemático fechamento de liceus durante as últimas décadas, o que tem colocado em dúvida a educação com gerenciamento das prefeituras.

Erwin Navarrete, chefe do Departamento de Administração da Educação Municipal na região sul da Região de Los Ríos, considerou que tudo depende dos fundos que são entregues, mas particularmente de como são utilizados, pois muitas vezes se perdem por um problema de gerenciamento.

Em recente entrevista à Prensa Latina, o ex-presidente da Coordenadora Nacional dos Estudantes Secundaristas (Cones) Cristofer Sarabia, disse que nos últimos 30 anos, 250 colégios municipais foram fechados, no entanto foram criados mais de dois mil e quinhentas escolas particulares conveniada ou privadas.

Recordou que no Chile o sistema de financiamento é calculado pela assistência de alunos às salas, de maneira que se um estudante tem que ir todos os dias à escola, o colégio recebe do Estado os 42 mil pesos (88 dólares) mensais pelo aluno, mas se não vai, começam a ser descontados gradualmente.

"Então ocorre com os colégios públicos, aos quais muitos jovens para poder chegar têm que viajar uma hora, inclusive duas ou mais por caminhos de terra nas zonas rurais, como nos bairros de Valdivia, que eles não podem frequentar as aulas todos os dias", comentou Sarabia.

Por essa razão, os colégios vão se desfinanciando, e os mantenedores são as municipalidades, outro erro do sistema, na opinião do ex-presidente da Cones, que afirmou que manter aberta ou fechada uma escola passa por uma decisão política.

Fonte: Prensa Latina