Presos e ex-detentos terão oportunidades de profissionalização
Entre os mais de 500 mil presos, apenas 2,9% tem qualificação profissional e cerca de 5% são analfabetos. Falta de capacitação profissional dificulta entrada no mercado de trabalho.
Publicado 15/02/2013 17:23
Sem capacitação profissional e com o descrédito da sociedade, as pessoas em privação de liberdade enfrentam dificuldades para se inserirem no mercado de trabalho após o cumprimento da pena. De acordo com o Ministério da Educação, da população carcerária do país de mais de 500 mil pessoas, apenas 2,9% tem qualificação profissional e cerca de 5% é analfabeta.
Para dar aos privados de liberdade acesso a cursos de capacitação profissional, os ministérios da Justiça e da Educação assinaram um acordo, que destinará 90 mil vagas até 2014 para pessoas nesta situação. Através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a iniciativa contemplará aqueles que estão nos regimes aberto, semiaberto, fechado e de prisões provisórias. Também serão inclusos os que já cumpriram pena.
Os cursos serão oferecidos pelos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, escolas técnicas estaduais e unidades do “Sistema S”, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Durante a assinatura do acordo, que ocorreu no último dia 7, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ressaltou a importância do programa como medida de reinserção, já que os presídios brasileiros não oferecem condições de recuperação dos presos. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também presente no evento, destacou ainda que 63% das pessoas em privação de liberdade no país não têm ensino fundamental completo.
Fonte: Radioagência NP