Primeiro-ministro da Tunísia renuncia ao cargo

O primeiro-ministro da Tunísia, Hamadi Jabali, apresentou nesta terça-feira (19) sua renúncia ao presidente do país, Moncef Marzouki, após o fracasso das negociações para criar um governo de consenso.

A intenção de Jabali era acabar com a crise política iniciada com a morte do dirigente opositor Chukri Bel Aid, que foi atacado em sua casa após criticar o governo por não reprimir extremistas islâmicos.

Jabali havia apresentado o projeto de coalizão há pouco menos de duas semanas, mas reconheceu na segunda-feira (18) que não conseguiu o apoio dos partidos políticos. Antes das negociações, ele já havia dito que colocaria seu cargo à disposição se não conseguisse consenso entre as agremiações.

A proposta foi negada até mesmo por seu próprio partido, o Al Nahda, que pressionava pela presença de políticos na nova administração. No sábado, o partido islâmico convocou um protesto defendendo um governo político de "união nacional".

Bel Aid foi morto no dia 6 de fevereiro ao ser atingido por dois tiros, na cabeça e no peito, disparados a curta distância, ao sair de casa para ir ao trabalho. Os autores teriam fugido em uma moto.

O partido do opositor é o segundo da coligação de esquerda "Frente Popular pelos objetivos da Revolução", dirigida por Hama Hamami, líder do POCT (Partido dos Operários Comunistas de Tunísia).

Com agências