Equador: Correa inaugura aeroporto em primeiro ato após reeleição

Construído pela Andrade Gutierrez em parceria com o grupo Aecon, do Canadá, o aeroporto internacional Mariscal Sucre, que fica no distrito de Tababela, será administrado por 35 anos pelo consórcio Quiport, que conta com a presença da CCR.

Correa - Efe

Com uma área 12 vezes maior que o antigo aeroporto da cidade, o novo local, que está localizado a 37 quilômetros da capital equatoriana e 2.400 metros acima do nível do mar, tem a torre mais alta da América Latina, com 41 metros de altura. São esperados cerca de seis milhões de passageiros por ano no novo terminal.

O tamanho do novo aeroporto, com capacidade para transportar 250 toneladas de carga por ano, vai beneficiar principalmente a exportação de flores.

Ao inaugurar a obra, o presidente equatoriano, Rafael Correa, destacou que aquele era seu primeiro compromisso público depois de ser reeleito neste domingo, com ampla vantagem de votos em relação ao segundo colocado, o empresário Guillermo Lasso. A apuração deve ser finalizada nesta semana, mas Correa tem cerca de 57% dos votos, o que elimina a realização de um segundo turno.

Correa disse que o novo aeroporto era a melhor maneira de comemorar a vitória, já que a obra é "um símbolo da pátria nova" e das grandes obras de infraestrutura que estão sendo desenvolvidas no país.

"Somos da esquerda moderna", disse o presidente. "Com a revolução cidadã, sempre será bem-vinda a participação privada, desde que seja em função do bem comum", afirmou ao se referir ao consórcio administrador do aeroporto liderado pela empresa Canadian Commercial Corporation.

Renegociação

A obra, iniciada há sete anos e entregue com dois anos de atraso, foi interrompida pelo atual governo para a renegociação do contrato. Segundo Correa, as regras foram firmadas "sob a égide do neoliberalismo" e era necessário readequá-las à Constituição aprovada em 2008.

Antes, as taxas do antigo aeroporto financiavam a construção. Eram consideradas como se fossem recursos privados, contou o presidente. Pelo primeiro contrato, o município recebia um pagamento fixo, independente do número de passageiros.

Com a assinatura do acordo de aliança estratégica, em 2011, uma empresa pública equatoriana passou a ter 26% de participação na administração do aeroporto. Os participantes do consórcio se comprometeram com obras integradas, como as vias de acesso ao aeroporto. Duas novas pistas estão em construção. As tarifas aeroportuárias são controladas e só poderão ser corrigidas de acordo com a inflação.

Segundo o prefeito de Quito, Augusto Barrera, com a renegociação, a cidade vai receber 900 milhões de dólares no período de vigência do contrato, o que significa 600 milhões de dólares a mais que o previsto. O dinheiro será investido na construção do metrô da cidade.

Barrera informou também que já está prevista a construção de uma segunda pista e a duplicação da capacidade de passageiros nos próximos anos. O governo investiu 200 milhões de dólares em estrutura aeroportuária nos últimos quatro anos.

O ultimo voo decola do antigo aeroporto hoje às 18h55 (21h55 no Brasil). As operações serão suspensas por 14 horas e o novo terminal começa a funcionar amanhã a partir das 9h.

Fonte: Opera Mundi