Drones franceses espionam Argélia para Israel

Aviões não tripulados franceses (drones) se converteram em uma ferramenta do regime de Israel para espionar a Argélia, indicou nesta quarta-feira a agência de notícias egípcia Al-Shaab, citando o diário "World Tribune".

Segundo as alegações do diário, os aparelhos de alta tecnologia controlados remotamente pelos franceses não se limitam a enfrentar os combatentes situados no norte do Mali, mas também fotografam os centros estratégicos da Argélia, para mais tarde repassar as informações ao regime israelense.

O periódico agrega também que as as fotos enviadas pela França ao regime de Israel sabotam a segurança nacional do país do norte da África, que faz fronteira com o Mali a sudoeste.

Recentemente, o regime de Telavive, divulgando fotografias dos centros petrolíferos e industriais da Argélia, demonstrou sua "preocupação" com o aumento da capacidade militar argelina, assim como com o aumento do orçamento militar do país africano, revela o diário.

O drone "Harfang", utilizado pela França, é um modelo avançado do "Heron", de fabricação israelense, e começou a efetuar suas primeiras missões no norte do Mali no dia 18 de janeiro deste ano.

O "Harfang" é do tipo Stealth (furtivo) e é capaz de tirar fotografias das áreas montanhosas, urbanas, desérticas e longínquas.

Em 11 de janeiro, a França lançou uma ofensiva contra o Mali, sob pretexto de acabar com os homens armados que investiam contra o país. Mais tarde, informou que iria aumentar o número de efetivos na área de 800 para 2,5 mil.

Segundop afirmações dos especialistas, a França procura favorecer seus próprios interesses no Mali, aproveitando-se dos ricos recursos naturais do país, como o urânio.

A Espanha, a Alemanha, a Bélgica, o Canadá, a Dinamarca, os Estados Unidos, o Reino Unido, todos esses países membros do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), apoiam a ingerência militar francesa no Mali.

O caos também foi instalado no país africano depois que o presidente, Amadou Toumani Touré, foi derrubado por um golpe militar realizado em 22 de março de 2012. Os líderes do golpe alegaram que o "movimento" era uma resposta à incapacidade do governo de conter a rebelião tuaregue no norte do país.

Fonte: HispanTV