Cafeicultores em greve e o governo colombiano manterão diálogos 

O governo da Colômbia e representantes do movimento de cafeeiros concordaram em instalar, nesta quinta-feira (28), uma “mesa de diálogo e concertação” em que se buscarão soluções às exigências dos cultivadores de café. 

cafeicultor colombiano - Cuba Debate

Desde a segunda-feira passada os cafeeiros protagonizaram uma greve em demanda por medidas para solucionar a crise que afeta o setor. “Estamos anunciando a instalação de uma mesa de diálogo e concertação com os dirigentes do setor cafeeiro, que têm estado nesse protesto social durante os últimos dias,” disse o ministro do Interior, Fernando Carrillo, nesta quarta-feira (27).

De sua parte, o coordenador do Movimento pela Defesa da Dignidade e dos Cafeeiros da Colômbia, Óscar Gutiérrez, disse à agência Efe de notícias que cerca de 20 dirigentes cafeeiros e dois líderes de comunidades indígenas, que também cultivam café, se dirigirão ao Ministério do Trabalho, onde se reunião com Carrillo “e ao menos outros dois ou três ministros.”

Ressaltou também que mesmo assim a greve continua e que se iniciarão os diálogos sobre documento de petições que os cafeeiros entregaram ao governo e ao qual ainda não obtiveram respostas.

Gutiérrez agregou que nas próximas horas avaliarão se levantarão as barreiras às estradas, presentes em ao menos 20 lugares do país. O ministro Carrillo disse que se estabeleceram linhas importantes de diálogo com os dirigentes da greve de cafeicultores.

Nesta quinta-feira, às 16h (horário local), “vamos realizar a instalação desta mesa de diálogo e concertação, que será o ponto de partida de um cenário de concertação privilegiado com esses dirigentes,” explicou.

Ao encontro assistirão ao menos quatro ministros do Governo Nacional e alguns representantes da associação cafeeira para colocar fim à greve que já dura três dias.

Pela manhã de quarta-feira, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, havia condicionado os diálogos com os cafeicultores ao desbloqueio das estradas. Os enfrentamentos entre os manifestantes e a força pública deixaram, até o momento, cerca de 80 feridos.

Fonte: Cuba Debate
Tradução da Redação do Vermelho