Vanessa presidirá comissão sobre mudança climática no Congresso

Eleita por aclamação, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) tomou posse nesta quarta (27), no Senado, como presidente da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC). Ela destacou que não se pode ignorar a vocação agrícola do país e nem a sua imensa biodiversidade ao se tratar de políticas públicas que vão contribuir para a redução dos efeitos da mudança no clima.

Vanessa presidirá comissão sobre mudança climática no Congresso - Agência Senado

A senadora elogiou a nova direção da mesa formada ainda pelos deputados federais Fernando Ferro (PT-PE) e Sarney Filho (PV-MA), vice-presidente e relator da comissão, respectivamente.

“O Fernando Ferro já foi líder do PT e Sarney Filho ex-ministro do Meio Ambiente. Somada a experiência dos dois a minha acredito que vamos realizar um grande trabalho este ano”, disse Vanessa, que nesta quarta também foi eleita vice-presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

A primeira reunião da Comissão de Mudanças Climáticas está marcada para a próxima terça (5) quando será aprovado o plano de trabalho.

Como parlamentar do Norte, a nova presidente disse que a Amazônia será um dos principais focos de debates na comissão. “Não podemos deixar acontecer com a região o que aconteceu com a Mata Atlântica”, disse, referindo-se ao desmatamento. Afirmou que a palavra chave será a sustentabilidade e o seu Estado, o Amazonas, dará muitas contribuições nessa área.

Desafio do semiárido

Já Fernando Ferro apontou como desafio para a comissão o problema da desertificação. O deputado lembrou que o semiárido brasileiro enfrenta uma situação grave de escassez de água e que as ações dos órgãos públicos são paliativas.

Para Ferro, falta articulação de órgãos de governo e uma visão de estado sobre a questão. “Acho que essa comissão pode dar uma contribuição para promover o debate em torno dessa temática, que é urgente e requer ações emergenciais. Temos rebanhos sendo dizimados, uma situação econômica gravíssima, com a perda do PIB e o desmonte de estruturas de produção.”

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Sen. Vanessa Grazziotin